A Câmara Municipal de Feira de Santana suspendeu a sessão que seria realizada nesta manhã de quinta-feira (30) por falta de quórum. Segundo a presidente da Casa da Cidadania, Eremita Mota (PSDB), apenas quatro vereadores compareceram. Foram eles: Lú de Ronny, Silvio Dias, Luiz da Feira e a própria presidente. Dois edis justificaram a ausência.
Durante a sessão de hoje, seria discutido o veto realizado pelo prefeito Colbert Martins da Silva Filho, referente ao reajuste de salário dos servidores municipais. O projeto havia sido aprovado pela Câmara no dia 26 de setembro deste ano.
Ainda no plenário, Eremita conversou com servidores que lotaram o plenário, explicando a situação. Ao Acorda Cidade, a presidente deu mais esclarecimentos sobre a suspensão da sessão de hoje.
“A bancada do governo não compareceu a Câmara, inclusive o líder. A gente só pode avaliar essa situação. Estava na pauta a votação do veto, que o prefeito vetou o segmento de aumento para eles. Os vereadores votaram, foi por maioria do plenário que os vereadores votaram a favor que eles tivessem também o mesmo aumento dos servidores que o prefeito mandou. Foram os professores e os agentes de saúde. Merecidamente, nós aprovamos aqui.”, explicou.
Eremita se desculpou com os servidores e colocou a casa à disposição dentro das sessões ordinárias de terça, quarta e quinta.
“Nós estamos aqui para convocarmos extraordinárias, tantas se forem necessárias, para gente apreciar esse veto antes do recesso”, afirmou.
Além disso, sobre o projeto de reajuste dos servidores, a presidente ressaltou que a maioria da Câmara já havia aprovado e que os vereadores se colocarem a favor do veto estariam contrariando o voto.
“Eu quero acreditar que os mesmos vereadores que votaram a favor, eles votaram a favor dessa categoria, receberem o aumento. Será que agora eles vão mudar o voto? Porque se votar a favor do veto, eles vão mudar o voto. Então eu quero acreditar que cada vereador aqui tem uma responsabilidade e uma determinação firme nas suas ideias e não vai voltar atrás”, declarou.
No dia 14 de novembro, dia que vetou a proposta, o prefeito Colbert Martins disse ao Acorda Cidade, que a Câmara tinha realizado modificações significativas no projeto, incluindo mudanças na redação final. Além disso, ressaltou que o legislativo não havia concluído a votação da matéria.
Eremita ainda explicou os próximos desdobramentos em torno do projeto.
“O prefeito vetou o aumento estendido aos agentes e a classe de professor. Ele disse que só quer dar ao servidor e vetou as outras emendas aprovadas aqui na casa. E se forem aprovadas, tem voto para derrubar o veto do prefeito. Que a Câmara tem esse poder. Então vamos aguardar até terça. Dei satisfação aqui a categoria, porque na condição de presidente eu acho que a gente deve dialogar com a população”, finalizou.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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