Daniela Cardoso
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Estão na Bahia, desde ontem (23), representantes do CNJ – Conselho Nacional de Justiça – que vão fazer um levantamento geral do judiciário baiano em Salvador e em cidades do interior.
De acordo com o CNJ, a inspeção pretende identificar os problemas que causam demora no andamento de processos no estado para propor soluções e melhorar o atendimento à população. O estado já havia recebido, em 2008, uma visita da Corregedoria devido aos elevados índices de atraso na tramitação de ações judiciais
O juiz Walter Ribeiro Costa Júnior, que é diretor do Fórum Desembargador Filinto Bastos em Feira de Santana, confirmou a visita.
“Tivemos o conhecimento dessa inspeção, então estamos no aguardo entendendo que hoje a maior problemática envolvendo a justiça na Bahia, em especial em Feira de Santana, é a ausência de recursos humanos para um atendimento que satisfaça o desejo da população”, disse.
O juiz Walter Ribeiro afirmou que os juízes terão muitas dificuldades para relatar aos representantes do CNJ. De acordo com ele, existe ausência de servidores para o complemento dos atos que são colocados a disposição.
“Não se pode pensar, por exemplo, em uma vara da Fazenda Pública com cerca de 70 mil processos para um só juiz e uma média de seis servidores. É humanamente impossível e nos dar a sensação de que caminhamos e não alcançamos”, afirmou.
Walter Ribeiro ressaltou que é preciso que o CNJ conheça a realidade dos cartórios e veja que Feira de Santana é uma grande metrópole e que passa por uma situação diferenciada que merece atenção. “Se isso não acontecer nós seremos cada vez mais criticados e perderemos a credibilidade”, declarou.
O relatório final com os resultados da inspeção e as novas propostas a serem seguidas pelo TJBA será concluído no início de setembro.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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