Educação

Professores desrespeitam decisão da Justiça e mantêm ocupação na Assembleia

Após vistoria no prédio da AL na tarde desta quinta-feira (19), o juiz Ruy Brito decidiu que os professores grevistas da rede estadual de ensino deveriam deixar o prédio até às 14h

 

Acorda Cidade
 
Mesmo com a deliberação do juiz Ruy Brito, daVara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), de que os professores grevistas da rede estadual de ensino deviam deixar o saguão que estão ocupando até às 14h desta sexta-feira (20), o grupo decidiu permanecer com a ocupação.
 
A decisão foi tomada por volta das 10h30, durante a assembléia realizada pelos grevistas. Ficou combinado que às 14h todos os professores, que estão dentro do prédio, deverão estar munidos com cadernos, livros, pilotos e canetas, considerados, por eles, as "armas" pacíficas para lutar contra as injustiças sofridas pela educação.
 
"O governo não será tão irresponsável a ponto de usar de força ou violência contra os professores e servidores desse estado", disse José Lourenço Dias, da direção do sindicato dos professores (APLB). Professores do interior do estado e alunos também estão acompanhando a manifestação dos professores no entorno do prédio da Assembleia Legislativa da Bahia.
 
Decisão judicial
Após vistoria no prédio da Assembleia Legislativa da Bahia na tarde desta quinta-feira (19), o juiz Ruy Brito, daVara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), decidiu que os professores grevistas da rede estadual de ensino deveriam deixar a AL.
 
A vistoria no prédio, ocupado pelos professores cerca de 3 meses, foi feita após pedido de reintegração de posse feito pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo, que acompanhou a inspeção no local acompanhado do professor Rui Oliveira, presidente do sindicato dos professores (APLB).
 
Após a inspeção, o juiz constatou que não havia nenhum dano ao patrimônio, mas considerou a ocupação ilegal e entrou em acordo com as partes para a desocupação no dia seguinte. Os professores devem sair levando todos os seus pertences "de maneira pacífica e ordeira, como traduz a conduta dos dignos professores da Bahia".
 
Caso haja resistência dos professores, poderá ser utilizada a força policial para que os grevistas desocupem a área, o que deve acontecer pacificamente, segundo o professor Rui Oliveira. Em entrevista após a decisão, o sindicalista disse que "a categoria vai avaliar decisão tomada pelo juiz".
 
Os ocupantes estavam sem ar-condicionado e sem acesso aos banheiros nos períodos fora do expediente da assembleia desde a última segunda-feira (16). O prédio também teve o fornecimento de energia e água cortado para pressionar os professores a deixar o prédio. Dormindo em barracas de camping, os professores se negam a sair. As informações são do Correio.
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