É celebrado neste sábado, 18 de novembro, o Dia Nacional de Combate à Dengue, uma data instituída pela Lei nº 12.235/2010, com o objetivo de mobilizar iniciativas do Poder Público e a participação da população para a realização de ações destinadas ao combate ao vetor da doença.
Embora não seja uma data fixa, o dia sempre é comemorado no penúltimo sábado do mês de novembro, quando gestores do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde, ficam autorizados a desenvolverem campanhas educativas e de comunicação social.
Em Feira de Santana, a programação de atividades será realizada entre os dias 20 e 24 de novembro.
A reportagem do Acorda Cidade conversou com Síntia Sacramento, coordenadora do Centro Municipal de Referência em Endemias. Segundo ela, diversas ações serão realizadas, tanto no comércio da cidade, quanto nas unidades de saúde.
“A lei determina que no penúltimo sábado do mês de novembro, seja celebrado o Dia Nacional, então como neste ano será dia 18 de novembro, nós já estamos com a ações agendadas para o período entre 20 e 24, ou seja, atividades no comércio da cidade, como as blitz de conscientização, assim como também nas unidades de saúde, além disso, estaremos capacitando nossos próprios agentes de endemias para fazer um trabalho mais técnico e voltado ao combate a dengue”, contou.
Segundo Síntia, o mosquito Aedes Aegypti macho, não transmite a doença, apenas a fêmea.
“Nós temos o macho e a fêmea. O macho, ele não transmite dengue e nenhum outro tipo de vírus. Então, o macho se alimenta de seiva, ele está ali na redondeza para poder acasalar com a fêmea. Caso você veja a presença de um mosquito que não esteja picando, mas esteja ali presente, ele pode ser o macho. O macho não transmite a doença. No caso da fêmea, ela precisa estar contaminada com o vírus para poder transmitir a dengue. Logo, pode ter existência da fêmea e não estar contaminada com o vírus”, explicou.
Sintomas
De acordo com Síntia Sacramento, as pessoas que são acometidas pela dengue, geralmente sentem dores de cabeça, pintas vermelhas, além de dores nas articulações.
“Os sintomas clássicos são dores de cabeça, dor no fundo do olho, podem aparecer pintas vermelhas, dores nas articulações, já temos registros de dores abdominais, então depende muito do agravamento que a doença pode estar afetando o organismo da pessoa”, disse.
É possível identificar o mosquito Aedes Aegypti?
Segundo a coordenadora do Centro de Referência, a olho nu, é possível perceber pintas brancas nas patas do mosquito, identificando que aquele mosquito é o Aedes Aegypti.
“O Aedes aegypti tem um voo baixo, repetitivo, mesmo que você afaste ele, ele volta ao local tentando sugar o sangue. E também as características mais comuns, né? Que são aquelas pintinhas brancas. Às vezes a gente não tem ao olho nu essa percepção, mas no caso do Aedes Aegypti, ele é bem visível”, apontou.
Ao constatar a doença, o paciente deve comunicar uma unidade de saúde, para que ações possam ser realizadas na localidade.
“É necessário que a pessoa possa procurar uma unidade de saúde. Tanto para poder tratar a doença, como também para a gente tomar as devidas precauções de combate à doença. Se você é notificado pela unidade de saúde, a gente tem como saber que aquele local tem a presença do mosquito contaminado e a gente pode fazer as ações de controle da dengue. Mas, se a pessoa não for notificada, a gente não tem como saber. Então, a gente não tem como ir naquele bairro fazer as ações, até mesmo passar o carro fumacê quando tiver um caso realmente descontrolado”, disse ao Acorda Cidade.
Também como forma de evitar a proliferação dos mosquitos, a prefeitura está disponibilizando materiais para serem colocados em caixas.
“Nós temos o trabalho contínuo dos agentes de endemias casa a casa. Nós temos capas, que é muito importante e é colocado nos reservatórios para evitar que a fêmea tenha contato com essas águas. Temos também o controle com as bombas costais e atualmente em alguns bairros a gente está passando o carro fumacê. Estamos também analisando algumas medidas de análise dos bairros para a gente desenvolver algumas técnicas novas para ter esse controle”, concluiu.
Casos notificados de Dengue em Feira de Santana:
Agosto – 1.490
Setembro – 1.016
Outubro – 485
Casos confirmados de Dengue em Feira de Santana:
Agosto – 470
Setembro – 252
Outubro – 40
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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