A adolescente Poliana Cerqueira de Oliveira foi diagnosticada com Escoliose Idiopática aos 10 anos, uma alteração na coluna vertebral caracterizada por uma curvatura tridimensional. Atualmente a jovem tem 16 anos e há seis convive com os sintomas e os problemas causados pelo problema. Ao Acorda Cidade, a família contou as dificuldades que estão enfrentando e realizou um apelo para que as pessoas se solidarizem e ajudem a jovem a conseguir realizar a cirurgia.
Poliana, que é aluna do primeiro ano do ensino médio, contou que a escoliose afeta as atividades básicas do seu dia a dia como ir à praia, à escola e principalmente sua relação social, pois atinge a sua autoestima. Com a demora da cirurgia, ela explicou como os sintomas do cansaço, as dores, perda do equilíbrio e da coordenação, além de outros transtornos têm se agravado.
“Perda óssea na cifose, sinto muita dor na coluna, tem hora que a perna dói, os órgãos estão afetados. Eu fico bem triste com essa situação, além de ser uma coisa que afeta bastante a minha vida, porque de qualquer maneira, você fica triste com essa situação, que você não tem a coluna ereta, a sua coluna é toda reta”, desabafou.
A adolescente reforçou que após a cirurgia sua saúde física, psicológica e emocional vão melhorar, permitindo que ela viva plena, mais saudável e feliz.
A jovem realiza o uso do colete corretivo e da terapia Reeducação Postural Global (RPG), mas estes não estão sendo suficientes para diminuir os transtornos da deformidade.
“Sem o RPG eu fico sentindo mais dores que eu sinto, além de piorar a situação se eu deixar de fazer. E o colete que eu usei não ajudou muito nessa situação, porque parece até que piorou a situação”, declarou.
A família tenta apoio para realizar a cirurgia pelo Sistema único de Saúde (SUS), mas informa que o processo é lento e que a adolescente ainda nem entrou na fila de regulação, pois ainda está em processo de encaminhamento. A mãe dela, Meire Cerqueira, contou ao Acorda Cidade como tem sido lidar com as complicações e desafios na busca por assistência médica para a filha.
“Tem sido muito difícil, porque já tem anos procurando assistência para ela. Tenho buscado em vários hospitais, em outros estados também, Brasília, Palmas, São Paulo, vários lugares, e isso tem sido um gasto terrível financeiramente falando. E chegou um ponto agora que ela não pode mais esperar, inclusive procurei saber, em relação ao SUS, quando eu fui procurar no hospital Martagão Gesteira, até hoje não está nem na fila ainda o nome dela. Só está o pedido da cirurgia, mas soube que não está nem na fila ainda”, avaliou.
Sem condições e vendo a filha sofrer diariamente, a mãe resolveu realizar uma ‘vaquinha solidária online’ em prol da realização da cirurgia, que chega a custar aproximadamente R$ 300 mil reais.
“É uma cirurgia muito cara, eu não tenho condição de disponibilizar esse valor. Então, por isso que eu resolvi fazer a vaquinha, porque também ela está realmente necessitando urgente dessa cirurgia, pela condição, está com perda óssea na cifose, está com os órgãos afetados”, afirmou.
Segundo a mãe, pelo SUS está sendo complicado conseguir a cirurgia, mas que no mercado é possível encontrar neurocirurgiões especializados que podem realizar o procedimento. Diante das limitações e da urgência da cirurgia de Poliana, a mãe tem se desdobrado para cuidar da filha única.
“Tem sido muito complicado viver com isso, é minha filha, filha única, então, eu tento tornar isso não tão difícil para ela, aconselhando e dando o maior apoio psicológico para ela. E tem sido assim uma busca difícil para mim”, relatou.
Quem puder contribuir com qualquer valor pode doar através da Vaquinha Solidária online. Clique aqui.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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