O vereador de Feira de Santana, Pedro Cícero (Cidadania), foi vítima de um golpe virtual no início da tarde desta terça-feira (31).
O WhatsApp do político foi clonado, após um golpista se passar por assessor de um deputado federal.
“Hoje eu estava no meu gabinete atendendo um pessoal, e por volta de 12h30, recebi uma ligação de uma pessoa, que informou que era do gabinete do deputado federal Paulo Azi, informando que na próxima sexta-feira, teria um encontro do deputado aqui na cidade, com José Ronaldo, e que teria duas credenciais para me passar. Ele me questionou se poderia enviar os códigos via WhatsApp ou SMS, e durante a conversa, informei que poderia mandar via SMS. Depois disso, ele me perguntou, vereador, quais foram os códigos das credenciais que eu lhe passei aí? Foi quando eu passei os códigos, e quando tentei acessar meu WhatsApp, já não tive mais acesso”, explicou.
Segundo o vereador, o golpista está mandando mensagem para as pessoas, através da lista de contatos, solicitando dinheiro.
“Essa pessoa está pedindo dinheiro para a os meus contatos, inclusive as pessoas começaram a me ligar, informando que estão recebendo estas mensagens, pedindo o dinheiro. O pior de tudo, é que nós tentamos bloquear o WhatsApp, mas eles colocaram cinco códigos, então é bem provável que eu só tenha acesso daqui a 11 horas. Desta forma, nossa equipe de assessoria publicou nas redes sociais o que aconteceu, estamos também tentando entrar em contato com o maior número de pessoas informando sobre o caso, já passamos a informação para algumas emissoras de rádio, para que as pessoas não caiam no golpe. Tanto que na hora, foi algo tão rápido, que quando pensei em perguntar onde seria este encontro, eu já não consegui mais falar com o golpista”, disse.
O vereador esteve no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho para prestar uma queixa.
Além do vereador, o eletricista Alex Machado, também caiu no mesmo golpe. Segundo ele, o caso ocorreu através de um anúncio feito em um site de vendas.
“Eu anunciei umas ovelhas no OLX, então eles pegaram meu número, entraram em contato comigo, e nesse momento, solicitaram um código, informando que iria chegar no meu celular. No momento, eu estava trabalhando, então passei o celular para minha esposa e ela acabou passando esse código, achando que seria algo simples. No mesmo instante, meu WhatsApp parou de funcionar e meus vizinhos começaram a bater na minha porta, questionando o que tinha acontecido, qual era o motivo de estar pedindo cerca de R$ 300, R$ 400, então eu vim aqui ligeiro na delegacia para registrar uma queixa”, disse.
A operadora de telemarketing Marília Reis não teve o WhatsApp clonado, mas acabou sendo vítima do golpe.
Uma outra pessoa se passando pelo irmão de Marília, solicitou uma quantia, e a mesma fez a transferência.
“Ontem por volta de 15h30, eu recebi uma mensagem do meu irmão através do meu WhatsApp. Ele se encontrava na escola, já que ele é professor, mas na mensagem ele perguntava se tinha condições de emprestar um dinheiro, pois o aplicativo do banco dele, não estava funcionando. Respondi informando que não tinha condições, não tinha aquele saldo que ele tinha solicitado, mas a todo momento a pessoa estava insistindo para fazer a transferência. Eu pedi calma, paciência, perguntei o que estava acontecendo, o dinheiro seria para o quê? Foi quando respondeu que eram algumas dívidas. Então eu entrei em contato com meu outro irmão, solicitei o dinheiro e fiz a transferência no valor de R$ 1.779,99”, afirmou.
Não satisfeito, o golpista voltou a entrar em contato com Marília pedindo mais uma quantia.
“Quando foi por volta de 17h20, a pessoa manda mensagem novamente se passando pelo meu irmão, dizendo que quando foi olhar no e-mail, tinham outras contas que não foram pagas no valor de R$ 2.188,75. Nesse momento, eu já comecei a achar estranho, até passei a informação para minha família, e a pessoa a todo custo, querendo que eu fizesse a transferência. Me deu tanta pressão, que informei que só poderia fazer a transferência no dia seguinte, após às 10h. Quando foi hoje pela manhã, eu estive na casa da minha irmã, ela tem acesso à casa do meu irmão, e quando eu estou justamente na casa do meu irmão, a pessoa continua mandando mensagem informando que precisava de R$ 1.150 para quitar um débito do Mercado Livre, foi quando comecei a ficar mais desconfiada. De repente, estou digitando no celular e quando olho para trás, meu irmão chegando no portão. O desespero bateu, ‘meu Deus, cai em um golpe’. Não era meu irmão, inclusive essa pessoa passou várias contas para que eu fizesse a transferência, passou de uma empresa, a dele, a de uma mulher”, lamentou.
Marília Reis também esteve no Complexo de Delegacias para registrar a queixa.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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