Feira de Santana

Secretário diz que foi afrontado pela APLB e diretora responde que sindicato estava fazendo uma manifestação democrática

O Acorda Cidade ouviu as duas partes.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Nesta terça-feira (31), durante a reinauguração da Escola Municipal Monteiro Lobato no bairro Santa Mônica em Feira de Santana, o secretário municipal de prevenção à violência, Moacir Lima e a presidente da APLB-Feira de Santana (Sindicato dos Professores), protagonizaram uma discussão em frente a escola que foi filmada e circula pelas redes sociais.

Os representantes da APLB foram até a escola para fazer uma manifestação e durante o ato, o secretário pegou o microfone da mão da diretora Marlede Oliveira. O conflito foi contido por um preposto da Guarda Municipal.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Moacir Lima relatou que ao chegar a inauguração da escola, viu que a APLB estava fazendo uma manifestação pacífica, no entanto, segundo ele, a presidente começou a afrontá-lo dizendo que ele havia mandado jogar spray de pimenta nos professores durante uma ocupação da categoria que ocorreu ano passado na Secretaria de Educação.

“Começou a me ofender dizendo que eu mandei jogar spray de pimenta durante um incidente que ocorreu ano passado. Um fato em que a APLB impediu a saída de pessoas da Seduc e a lei diz que quando uma manifestação sai de uma condição pacífica, é facultado o uso de spray de pimenta. Ela começou a me afrontar e eu fui lá e pedi o microfone e disse que eles não se manifestam contra o estado. Não tenho nada contra o estado, sei o fazer de cada um. Estou fazendo o meu papel e tenho a credibilidade do prefeito”, declarou.

Segundo o secretário, é preciso que haja o respeito de ambas as partes e Marlede não teve respeito a ele, ao proferir afrontas.

Já a diretora da APLB, Marlede Oliveira, afirmou ao Acorda Cidade que o sindicato foi até a inauguração da escola para se manifestar sobre o caos que se encontra a educação de Feira de Santana.

Ela falou que os manifestantes ficaram na frente da escola, protestando de forma pacífica e democrática sobre a falta de professores, problemas com a merenda escolar, a falta de cumprimento do piso salarial, o não pagamento dos precatórios, além de outras pautas da categoria.

“Ficamos no passeio e o secretário chegou dizendo que não era para a gente estar ali fazendo aquilo. Ele arrancou o microfone da nossa mão, me ameaçando e eu disse que toda vez que a gente faz movimento é spray de pimenta e cacetete contra a gente. Ele é um secretário para agir contra a violência. Um absurdo. Nossa diretoria é composta de mulheres. Somos mulheres guerreiras e de luta e não vamos abaixar a cabeça para esse governo que nos maltrata todos os dias. Estamos defendendo os trabalhadores de educação.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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