Lar do Irmão Velho apela à Câmara por subvenções sociais, no Orçamento 2024

Às vésperas do início do processo de discussão e votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), dirigentes do Lar do Irmão Velho, que completará 65 anos de fundado em janeiro próximo, usaram a Tribuna Livre da Câmara, nesta terça (31), para pedir aos vereadores que indiquem subvenções sociais – recursos destinados através de emendas – para a entidade.

O presidente da instituição, Bertolino Alves de Santana Neto, disse que o apoio do Legislativo é fundamental para a prestação dos diversos serviços. Afinal, ele diz, recursos são necessários para manter, por exemplo, as seis refeições diárias ao público atendido, além de acompanhamento de médico clínico, odontologia, ginecologia e oftalmologia.

“Contamos basicamente com o valor da aposentadoria dos internos. Recebemos uma parte de recursos transferidos pelo Governo Federal, através da Prefeitura de Feira, mas isso não ocorre regularmente”, lamentou o dirigente. Ao convidar os vereadores para conhecerem de perto o trabalho desempenhado pela instituição, ele explicou que vivencia, às vezes, situações em que idosos chegam ao portão da entidade e pedem para ingressar, em razão de não estarem conseguindo sobreviver com o valor do salário mínimo. “Desde que conheci o local, há cinco anos atrás, me surpreendi e fiquei apaixonado pela instituição. Resultado é que estou na terceira gestão assumindo o cargo de presidente, voluntariamente”, informou. Toda a sua diretoria é composta por voluntários.

Advogada, e integrante do grupo de voluntários que integra a equipe do Lar do Irmão Velho, a filha de Bertolino, advogada Anne Prisce, informou que a instituição possui 60 idosos institucionalizados, 32 profissionais contratados e o restante de pessoal exercendo voluntariado. De acordo com ela, são assistidas preferencialmente pessoas em situação de vulnerabilidade social. Tratam-se de indivíduos da terceira idade, que em suas casas, provavelmente não estariam recebendo um atendimento qualificado. “Estudos preveem que em 2050, teremos metade da população mundial composta por idosos. Portanto, o poder público precisa olhar para a velhice”, disse.