Caso Sara Mariano: polícia afirma que não descartará interesses financeiros nem controle de mídia da cantora

Após a Polícia Civil prender Ederlan Mariano, esposo da cantora gospel Sara de Freitas Sousa Mariano, de 35 anos, encontrada com o corpo carbonizado na última sexta-feira (27), investigações apontam a participação de mais de uma pessoa no crime.

Apesar de ter dado informações que a esposa teria saído do bairro da Valéria em Salvador, para ir a eventos religiosos, Ederlan foi preso ainda na madrugada do sábado (28), depois de confessar ter cometido o crime.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com Euvaldo Costa, delegado titular da 25ª Delegacia Territorial (DT/Dias D’Ávila), que está presidindo o inquérito policial.

Segundo ele, apesar de não ter nomes, é possível identificar que houve a presença de mais de uma pessoa no homicídio, e o crime pode ter relação com vários motivos.

“O inquérito está apenas começando, estamos coletando todas as informações, mas o que podemos adiantar, é que conseguimos chegar na versão dele anterior as outras versões. Diante de tantas contradições, conseguimos estabelecer uma linha de investigação de que ele havia então determinado a morte da mulher e que foi confessado por ele no decorrer do interrogatório. Agora, esse crime, provavelmente foi cometido por várias pessoas, ainda não temos nomes, mas pela logística que se deu, não poderia ser cometido por uma única pessoa. Uma vertente das investigações é neste sentido do conflito conjugal, e nós acreditamos que para ele, pode ter sido o principal motivo, mas não descartamos outros possíveis, até porque são várias pessoas envolvidas, se trata de uma pessoas do mundo artístico, que também mexe com interesses econômicos e talvez interesses de controles de mídia ou até de religião mesmo”, explicou.

De acordo com o delegado, as pessoas estão sendo ouvidas, mas boa parte das investigações serão necessárias de acordo com os resultados das perícias.

“Foram ouvidas várias testemunhas, foi ouvido também a pessoa que fez a primeira condução, são fatos ainda investigados e foram solicitadas diversas perícias, e que boa parte das respostas que queremos deste inquérito, virão destas perícias e dentro de alguns dias, teremos um avançado inquérito com outras pessoas envolvidas. Já circula nas redes sociais, inclusive na imprensa, de uma pessoa que fez a condução da cantora para um suposto show, que foi um show fake news, articulado apenas para tirar a cantora do seu habitat, da sua casa para este evento, suposto evento que na verdade foi criado para levar a vítima até o local do crime”, disse.

Ao Acorda Cidade, o delegado Euvaldo Costa declarou que pretende finalizar o inquérito o mais rápido possível.

“Nós temos a priori, 30 dias para concluir, já que o réu está preso. Mas este caso pode ser prorrogado por mais 30 dias, mas a nossa vontade é concluir o mais rápido possível, vai depender das circunstâncias e de que forma as provas vão chegar, como também vamos precisar dos laudos periciais Esperamos que estes, possam já estar prontos à nossa disposição”, concluiu.