Durante entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã da última quinta-feira (19), o prefeito Colbert Martins Filho, que está se recuperando da cirurgia que fez no joelho, que intrigou profissionais de saúde de Feira de Santana. Ele informou, de forma inconsistente, que o governo federal encaminhou para o Tribunal de Contas da União (TCU), a determinação do não pagamento dos pisos dos professores, assim como dos enfermeiros. Segundo ele, este processo está sendo tramitando em Brasília.
“O governo federal mandou para o Tribunal de Contas da União, já está no TCU, um pedido para o não pagamento dos pisos de enfermagem e de professores, em razão do arcabouço fiscal aprovado neste ano. A matéria já tramitou por vários órgãos e agora está na dependência do TCU. Se isso acontecer, eu vou voltar a falar aqui no programa, pois é o governo federal que está determinando o não pagamento neste ano, dos pisos de enfermagem aprovados constitucionalmente, é uma emenda constitucional e também dos professores”, afirmou.
No entanto, o governo federal enviou uma consulta ao TCU para não ter que aplicar o valor mínimo de investimento em Saúde e Educação em 2023, o que não implica no piso dos profissionais, como enfermeiros e professores.
O investimento mínimo constitucional em Saúde e Educação voltou a vigorar depois da criação do novo arcabouço fiscal, que é a regra geral para o controle das contas públicas. Sancionado no dia 31 de agosto, o novo regime fiscal substituiu o antigo teto de gastos, que exigia um valor mínimo menor a ser aplicado nas duas áreas. O teto impedia que as despesas do governo crescessem mais que a inflação.
Na manhã desta sexta-feira (20), Bárbara Miranda, enfermeira do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, participou do Programa Acorda Cidade, para explicar o equívoco feito pelo prefeito Colbert Martins.
“Ontem nós ouvimos a entrevista do prefeito Colbert Martins, onde ele estava falando de alguns pontos que não condizem com a realidade. Ele disse na entrevista que o pagamento do piso da enfermagem independe de um parecer para se tornar realidade no bolso da gente, o que ele disse sobre o TCU em relação ao teto de gastos da Saúde, da Educação, que teria uma porcentagem de 15% para compensar estados e municípios, uma coisa que já tem algum tempo rolando, mas isso não tem nada a ver com o piso salarial da enfermagem. Já vem o dinheiro destinado para isso através de Projeto de Lei aprovado no Congresso Nacional e no próximo ano já entra automaticamente na Lei Orçamentária Anual”, concluiu.
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