Foi realizada na noite de quarta-feira (18), no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Feira de Santana, uma palestra sobre educação financeira, que contou com cerca de 600 convidados.
O palestrante foi o escritor e consultor financeiro Gustavo Cerbasi, que em entrevista ao Acorda Cidade destacou algumas dicas importantes sobre organização, negócios, estratégias e lideranças.
“Falar sobre o dinheiro é menos interessante quando a gente fala do aspecto burocrático, o dinheiro da contabilidade, das finanças. A organização é bem menos interessante dos aspectos, vamos chamar de emocionais do negócio, pois é muito interessante quando a pessoa monta um negócio, trabalha o consumidor, as vendas, as lideranças, as estratégias, esse lado apaixonante do negócio. É como ter um restaurante, atender o cliente, ver a satisfação do cliente, um prato bem montado, é o que encanta tanto cliente, quanto quem fornece esse serviço, agora é muito importante ter uma cozinha bem montada”, informou.
Cerbasi destacou que o aspecto financeiro não é tão abordado porque a maior parte dos empreendedores do Brasil é composta de empreendedores por necessidade e não por oportunidade. “A média e a grande empresa tem o seu gerente financeiro, tem o diretor financeiro que negocia com bancos e cooperativas. O pequeno empreendedor, o microempreendedor, normalmente ele vai quebrar a cabeça como montar um negócio, como fazer funcionar e no segundo momento, ele vai pensar nas finanças. Geralmente quando o negócio já está mais avançado, ele precisa lidar com problemas financeiros que poderiam ser evitados”, explicou.
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Natural do Rio Grande do Sul, Gustavo Cerbasi enfatizou a postura que muitas pessoas possuem em querer ostentar o dinheiro.
“O Brasil é um país em eterno desenvolvimento, um país muito desigual, muitas famílias pobres, tem muita gente crescendo na pirâmide social, se desenvolvendo, colhendo resultados e há uma grande pressa da sociedade para provar para aqueles que estão perto de si, que venceram. Então querem ostentar uma roupa de marca, ostentar um carro do ano, dar conforto para a família, não é apenas um desejo de empreendedor, mas de uma forma, de comunicar para a sociedade que ele venceu, uma sociedade que não muda há muitos séculos. Vamos de pegar a Dinamarca que se auto considera como país mais feliz do mundo, quem nasce na Dinamarca não tem expectativa de acender socialmente, então não há expectativa de ostentar posses, é muito comum a gente vê que a dificuldade do brasileiro tem a ver com dificuldade de manter na empresa um dinheiro que é necessário para essa empresa, crescer por um tempo, ganhar distância em relação à concorrência, e está tentando oferecer para a família um conforto para compensar sacrifícios recentes que essa família teve, com isso, os negócios que poderiam crescer mais, não crescem por falta de fôlego, por falta de capital”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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