Eclipse solar: veja como observar o fenômeno com experimentos simples, neste sábado (14)

Neste sábado, 14 de outubro, o Brasil se prepara para testemunhar um evento astronômico notável: um eclipse solar.

Os eclipses solares ocorrem devido à passagem da Lua à frente do disco luminoso do Sol. Essa ocorrência é resultado da coincidência entre os planos da órbita da Terra ao redor do Sol com o plano da órbita da Lua ao redor da Terra, estando alinhados Terra-Lua-Sol.

Neste sábado, devido à proximidade da Lua com a Terra, testemunharemos aqui no Brasil um eclipse solar anular, caracterizado por um anel luminoso em torno do disco escuro da Lua. Na Bahia, porém, o eclipse será parcial, ou seja, será possível observar em torno de 70% a cobertura do disco solar pela Lua.

Para entender melhor e aproveitar ao máximo esse fenômeno astronômico, o Acorda Cidade conversou com o astrofísico Marildo Pereira, professor do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Astronomia da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Ele compartilhou informações valiosas e deu dicas de como observar o fenômeno fazendo alguns experimentos simples.

Onde o eclipse poderá ser observado?

Este eclipse poderá ser observado praticamente em todo o Brasil, mas a visibilidade pode variar de acordo com a localização. O professor Marildo observa que o eclipse anular será mais bem visto nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins e Amazonas. Em outros locais, a Lua não estará perfeitamente centralizada, criando uma visão parcial.

Horário na Bahia, como observar com segurança e experimentos

Na Bahia, o eclipse terá início por volta das 15h30. Embora não seja um eclipse anular no estado, Marildo Pereira ressalta que os observadores poderão testemunhar uma significativa ocultação solar, com cerca de 70% do disco solar bloqueado.

Em algumas áreas, é possível notar uma redução na temperatura, que pode ser monitorada através de aplicativos de clima no celular. O eclipse se estenderá até cerca das 17h, proporcionando um amplo período de observação.

“Vamos ter o obscurecimento do Sol em cerca de 70%, aproximadamente. 70% do disco solar é bastante coisa. Em alguns lugares vamos ver a diferença de temperatura, pode acompanhar pelo celular a mudança de temperatura. É bem legal fazer este experimento, e vamos ter bastante tempo de observação.”

Para observar o eclipse de forma segura, o professor que também atua no Observatório Astronômico Antares, enfatiza a necessidade de proteger os olhos.