Nesta quarta-feira, 11 de outubro, é celebrado o Dia Mundial da Obesidade e o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, uma doença que é caracterizada pelo acúmulo de gordura no corpo, causado quase sempre, por um consumo de energia na alimentação, superior àquela usada pelo organismo para a sua manutenção.
De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade é uma doença crônica que tende a piorar com o passar dos anos, caso o paciente não seja submetido a um tratamento adequado e contínuo. Além de reduzir a qualidade de vida, pode predispor a doenças como diabetes, cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer.
A reportagem do Acorda Cidade conversou com a médica endocrinologista Isabela Matos, que explicou como a obesidade também pode causar o câncer de mama.
“A obesidade é uma doença que a gente chama de doença inflamatória, o tecido adiposo ele é capaz de produzir várias substâncias que vão alterar algumas vias metabólicas. Elas podem estimular a carcinogênese, que é alteração que leva ao crescimento dessas células de forma exagerada a formação de neovasos, que a gente chama que também estimulam o desenvolvimento de diversos cânceres, não somente o câncer de mama, então hoje a gente tem 13 tipos de cânceres que são associados a obesidade, então tem o câncer de esôfago, câncer no intestino, o câncer de pâncreas, câncer de endométrio, todos eles são associados à obesidade”, informou.
Ainda de acordo com a médica, a obesidade é um fator determinante para principais causas de mortalidade no mundo.
“A obesidade é um fator de risco para as duas principais causas de mortalidade no mundo inteiro, que são as doenças cardiovasculares e as neoplasias (tumores). A obesidade aumenta o risco do desenvolvimento do diabetes do tipo 2, da hipertensão, do processo das dislipidemias, das esclerosas que podem levar a infartos e AVCs, e que precisam ser cuidados”, explicou.
Ao Acorda Cidade, a endocrinologista chamou a atenção da sociedade, pois as pessoas precisam entender que a obesidade deve ser tratada.
“A obesidade existe e a gente precisa entender a obesidade como uma doença, é um alerta importante para entender que precisa ser tratada, precisa ser cuidada, para que a gente não tenha outras consequências. Pensamos muito nas doenças cardiovasculares, na neoplasia, mas às vezes, tem as doenças articulares, apneia do sono, tudo isso são consequências que impactam na qualidade de vida desses pacientes obesos”, afirmou.
Como forma de controlar a obesidade e manter uma qualidade de vida, a médica Isabela Matos destacou que é necessário cerca de 150 minutos semanais de atividades físicas.
“É importante que as pessoas tenham cerca de 150 minutos de atividades semanais, independente do estado nutricional, se está obeso, se está diabético ou se é hipertenso. O corpo não foi feito para ficar parado, todo mundo deveria fazer no mínimo, esse tempo de atividades semanais. A atividade física é um processo fundamental na perda de peso do paciente, afinal, como perder peso sem atividade regular? Quando o paciente pratica atividade física, ele aumenta a taxa metabólica, aumenta o gasto energético e aumenta a quantidade de tecido muscular. Além disso, é bom lembrar que é importante ter um acompanhamento multidisciplinar, com nutricionista e até mesmo, psiquiátrico”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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