Feira de Santana

"Grande surpresa encontrar o pórtico fechado", diz reitora após pleitos serem atendidos e publicados no Diário Oficial

A reitora da Uefs, juntamente com a vice-reitora e o corpo gestor da Uefs, concederam uma coletiva de imprensa no final da tarde desta segunda.

Reunião da Uefs
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Após deflagração de greve na noite da última sexta-feira (6), o pórtico da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) ainda encontra-se bloqueado pelos estudantes.

A reportagem do Acorda Cidade esteve na manhã desta segunda-feira (9) para conversar com alguns pais de estudantes do Centro de Educação Básica da Uefs (CEB-Uefs). Segundo eles, os filhos estão sendo prejudicados, pois o calendário de aulas, segue de acordo com a Secretaria Municipal de Educação.

A reitora da Uefs, Amali de Angelis Mussi, juntamente com a vice-reitora Eva Carvalho e o corpo gestor da Uefs, concederam uma coletiva de imprensa no final da tarde desta segunda.

Reunião da Uefs
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

De acordo com a reitora, foi uma grande surpresa encontrar o pórtico fechado, mesmo após todos os pleitos serem atendidos e publicados no Diário Oficial do Estado.

“Aqui na Uefs, nós já estávamos com estes pleitos em andamento sobre a falta de professores, são processos acerca de um ano, mas nós tivemos mudanças de governador, mudanças de secretários, então os processos vão, os processos voltam. Na semana passada, eu já tinha combinado uma reunião com todos eles, lembro que cheguei, conversei com os vigilantes e informei aos estudantes: ‘estou esperando às 7h30’. Depois de um tempo, recebo a informação que eles teriam fechado o pórtico mesmo sem ter a reunião. Na sexta eu tive a reunião com o governador e informei aos estudantes que as reinvindicações tinham sido atendidas, que seriam publicadas no Diário Oficial de sábado, mas eles queriam a comprovação. No sábado saiu a publicação, imaginei que na segunda, o pórtico estaria aberto, mas foi uma grande surpresa encontrar o pórtico fechado. Informaram que existem outras pautas, mas não recebemos oficialmente, pois cada rede oficial consta um pleito diferente, uma lista diferente, mas não recebemos nenhuma pauta. A única solicitação que foi recebida, é que eles não querem retaliações, prejuízos para eles”, explicou.

Segundo a reitora, ainda nesta terça-feira (10), novas convocações devem ser divulgadas.

“As convocações já estão acontecendo, inclusive amanhã no Diário Oficial já devem sair algumas, pois o que é que acontece, tem uma questão sobre os dados, mas que estes, estão lá dentro da Uefs. Estes dados só podem ser acessados no próprio sistema dos computadores da Uefs, então por exemplo, eu tenho uma convocação de terceira ou segunda vaga de uma disciplina de Filosofia ou qualquer outra, eu tenho que saber quem é esta pessoa, se é cota, se não é, mas para isso, eu tenho que ter acesso dentro de universidade”, pontuou.

Ao Acorda Cidade, Amali de Angelis Mussi declarou que quanto mais tempo o pórtico ficar fechado, maiores serão os impactos.

“Nós precisamos dialogar e continuamos dialogando, inclusive comprovando os impactos do pórtico fechado, pois se há a necessidade das convocações, eles não podem impedir que isso aconteça. Nós por exemplo, estamos com bolsas que precisam ser liberadas, pagamentos, chaves da segurança, a gerência financeira, terceirizados, folhas de pagamento dos próprios servidores, técnicos, docentes, até nossas obras estão paralisadas, o pessoal da limpeza não está podendo entrar, então realmente existe uma prioridade para que o pórtico seja aberto”, disse.

Questionada sobre as contratações via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), a reitora explicou que as vagas que devem ser preenchidas, são de professores que não foram exonerados nem se aposentaram, mas profissionais que podem voltar com suas atividades a qualquer momento.

“Nós temos duas situações, nós temos professores que se aposentam, exonerados, mas também professores que estão fazendo mestrado, doutorado e por este motivo, se afastam das atividades. Por este motivo, não se pode abrir concurso para suprir estas vagas, pois são professores que depois retornarão, então para isso, é feito através do Reda, pois são professores substitutos”, concluiu.

Com informações do repórter do Ed Santos do Acorda Cidade

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Icaro

A reitora ***! Incrível isso, qual demanda vem sendo atendida ? Tem curso que FALTA 19 professores para fechar o quadro, divulgaram no Diário Oficial a contratação de 1 e ela espera que a greve estudantil acabe por conta disso ? Os estudantes estão cansados de promessas falsas e vazias, de negociações que damos nosso voto de confiança e depois ela fica em silêncio fingindo que resolveu todos os problemas. Mente também ao dizer que tem problemas com setores administrativos e na limpeza, pois esses estão tendo suas entradas liberadas para que as atividades de manutenção permaneçam. Extremamente desonesta e age de forma a jogar a população contra os estudantes, sendo que ela não faz o trabalho de garantir que a universidade tenha qualidade.***!

Nayanne

É competição de quem mente mais? Pq meu primo que trabalha lá na serviço gerais só pode ir trabalhar hoje ontem foi expulso pelos estudantes que nem se organiza. Uns manda entrar outros manda sair, deixaram entrar hoje por que não aguentaram a imundícia que fizeram pela semana fechada.
Agora que fecharam deveriam limpar também.
Alunos que não respeitam ninguém é isso que tem muito por isso que não vai demorar o governo fechar essa universidade. Só prejuízo e gasto atoa

Pai Alex

já ta na hora de mandar a tropa de choque entrar em ação… isso tem que acabar, *** tem que ***

O Sincero

A Magnífica Reitoria deu uma explicação proforma do que necessariamente deve ocorrer no processo de contratação de professores via REDA. O que necessariamente não foi explicado é o fato de professores, principalmente em cursos do departamento de saúde, terem mais de 10 anos contratados como REDA, recebendo incentivos que necessariamente seriam destinados a professores concursados, destoando da regra totalmente. A UEFS tem um concurso de 2018 que até o presente momento não foi plenamente acionado, uma vez que a maioria das vagas efetivas que deveriam ser preenchidas pelo processo do concurso, são ocupadas por professores via REDA, o que configura uma irregularidade, no mínimo. Com a palavra a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, a Procuradoria Geral do Estado e o Ministério Público do Estado da Bahia, no que tange a abertura de processo judicial/administrativo para apurar as práticas pouco ortodoxas realizadas no processo de contratação de professores via REDA.

Matheus

O que eu vejo que falta explicar é porque os baderneiros ainda estão atrapalhando a vida de quem quer estudar , já resolveu o que eles queriam , manter o acesso fechado pra quê? Pediram, receberam e porque não acaba essa esculhambação? Eu só tô olhando o nosso dinheiro indo pro ralo.

Matheus

Parabéns Reitora, a senhora tem paciência de Jô. Esses alunos não querem nada com nada porque se as reivindicações foram atendidas como tá divulgando no diário oficial do governo o que mais eles querem impedindo o andamento dos trâmites? O correto seria a expulsão dos baderneiros que estão fanfarrando com o dinheiro dos cidadãos de bem. Como que vai chamar o professor que foi aprovado se ninguém entra pra agilizar? Falta de inteligência desses baderneiros. Vergonha pra nossa cidade.

jose batista silva

eles querem e folga e depois os professores fazer provas com consulta,já aconteceu várias vezes após greve, adusfs tá por trás

Matheus

E agora José? O causo é que somos nós quem pagamos pela folga desse bando de atrasa lado.
Não querem estudar tem que dá espaço pra quem quer.
Expulsa a meia dúzia de desocupado que o negócio anda ligeiro.