Na noite da última quarta-feira (4), uma situação incomum demandou uma ação rápida e coordenada entre a equipe do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um paciente com apenas 29 anos, havia sido diagnosticado com morte encefálica, e seus órgãos estavam destinados a salvar vidas.
Enquanto isso, em Salvador, um paciente em estado gravíssimo, aguardava por um transplante de coração, no Hospital Ana Nery. A urgência era iminente, e o tempo se tornou um fator crucial. A janela para que o procedimento fosse realizado com sucesso era estreita, e cada minuto contava.
Com a missão em mãos, a equipe do Hospital Geral Cleriston Andrade entrou em ação. Foi decidido que o coração da doadora seria transplantado para a paciente receptora em Salvador. Mas, dada a distância e o trânsito, era necessário garantir um deslocamento que além de muito rápido deveria ser ainda mais seguro.
Foi então que a PRF recebeu uma solicitação de apoio que estava longe de ser comum: garantir que a ambulância que transportava esse órgão tão precioso tivesse um trajeto livre de obstáculos e atrasos. O objetivo era assegurar que o coração chegasse a tempo e em perfeitas condições para o transplante.
Ao Acorda Cidade, Lívia Marcelino, chefe substituta da Delegacia da PRF de Feira de Santana, informou que a cirurgia para a retirada do coração da doadora foi realizada com eficiência, terminando por volta das 23h58. Imediatamente, o relógio começou a contar. Às 23h58, o órgão vital foi cuidadosamente armazenado e colocado na ambulância de transporte. Era uma corrida contra o tempo que exigia determinação, coordenação e, claro, segurança na estrada.
O comboio formado pela ambulância e pela equipe médica do Hospital Geral Cleriston Andrade partiu em direção a Salvador, e a PRF desempenhou um papel vital nesse momento crítico. Com a escolta da polícia, o trajeto foi otimizado, minimizando qualquer potencial atraso.
Ainda segundo Lívia, a determinação e o esforço conjunto resultaram em um tempo de deslocamento recorde. À 1h da madrugada, o coração chegou ao Hospital Ana Nery, onde a paciente receptora, uma mulher de 53 anos, aguardava esperançosa a chance de uma nova vida.
O esforço conjunto entre profissionais de saúde e forças de segurança foi fundamental. A corrida contra o tempo foi vencida, e a vida da receptora foi salva.
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