O ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que não há tratamento diferenciado com os estados quando o assunto está ligado a violência. Ele assegurou que “não há protecionismo ao PT” no caso da Bahia, que vive uma onda de violência com destaque nos rankings de homicídios e mortes em ações policiais.
A declaração foi dada durante a coletiva nesta segunda-feira (2), em Brasília (DF), ao ser questionado pelo Metrópoles sobre a diferença de postura diante da chacina de Guarujá (SP), quando pelo menos 28 foram mortos após assassinato de um policial militar, e as dezenas de mortes na Bahia após o homicídio de um policial federal.
No caso de São Paulo, Dino disse que “houve uma reação imediata que não parece nesse momento ser proporcional em relação ao crime que foi cometido”. Quando foi questionado sobre se o mesmo valia para a situação atual da Bahia, Dino disse que sua fala sobre São Paulo foi tirada de contexto.
“Eu disse que um dos elementos que tem que analisar é se a ação foi proporcional. Isso foi transformado indevidamente de que eu estava protegendo o governo da Bahia porque era do PT e que eu estava condenando o governo de São Paulo porque era dirigido pelo Tarcísio. E isso não é verdade”, defendeu Dino nesta segunda, durante coletiva no Palácio da Justiça.
A fala que Dino disse ter sido tirada de contexto foi feita após um evento no Palácio do Planalto, em 31 de julho deste ano, quando se acumulavam as primeiras denúncias de que a PM de São Paulo estava matando como forma de vingança.
“Chama atenção o fato de você ter um terrível crime contra um policial, um crime que realmente merece repúdio, a repulsa, foi usado inclusive uma pistola 9mm – e houve uma reação imediata que não parece nesse momento ser proporcional em relação ao crime que foi cometido. Agora, evidentemente isso não é possível de ser afirmado agora, por isso é muito importante garantir o principal, que as investigações ocorram conduzidas pelas autoridades estaduais”, afirmou Dino na ocasião. Agora, o ministro argumenta que não fez juízo de valor ao que acontecia em São Paulo, governada por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Fonte: Bahia.ba
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