Bahia

Salvador lidera ranking do número de celulares no país

A chamada 'teledensidade' da Região Metropolitana de Salvador está muito acima da média nacional, que é de 129 acessos para cada 100 pessoas

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 Helane tem duas mãos, dois ouvidos e… quatro celulares! Os dados mais recentes da Agênci Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam que cada soteropolitano tem, em média, dois celulares. Mas a jornalista Helane Carine Aragão acha pouco e comprou quatro, um de cada operadora. E garante que economiza com isso.

“Quando tinha um celular , pós-pago, minha conta chegava a R$ 500 por mês. Agora, tenho quatro pré-pagos e gasto em torno de R$ 80”, conta. Por causa de gente como Helane, a Região Metropolitana de Salvador (RMS) ultrapassou Brasília e assumiu o posto de campeã em quantidade de celulares, em números proporcionais. São 196,14 chips com DDD 71 para cada cem habitantes, quase dois aparelhos por pessoa.

A chamada “teledensidade” da RMS está muito acima da média nacional, que é de 129 acessos para cada cem pessoas. No Brasil, o único estado onde ainda mais seres humanos que celulares é o Maranhão, com média de 85,4 acessos para cada cem indivíduos.

Quando considerado o estado, no entanto, a Bahia fica fora do pódio. Isto porque São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm várias cidades entre as de maior teledensidade, enquanto a Bahia tem os municípios da RMS.

Duo Chip
E na falta de mãos e ouvidos para atender todos os aparelhos, o consultor comercial Jorge Haddad resolveu o problema: ele tem ‘apenas’ dois celulares, como a média dos soteropolitanos. Mas cada um com dois chips. O resultado disso é uma rotina telefônica tão movimentada quanto a de um operador da Bolsa de Valores de São Paulo ou de Nova York.

“Às vezes estou falando em um celular, o outro toca e atendo também. toca a chamada em espera do outro chip e tenho que ficar alternando as ligações, porque pode ser importante”, ri o consultor, que não abre mão de ter mais de um celular. "Se eu estiver numa ligação e precisar anotar um número, vou fazer como?", justifica.

Como a jornalista da foto, Haddad garante que economiza com a multiplicidade de opções telefônicas. “São três pré-pagos e um de conta. Gasto em torno de R$ 160. Antigamente, cheguei a gastar R$ 1.500”, conta, fazendo a ressalva de que hoje utiliza mais o e-mail nas comunicações. Todas as operadoras oferecem promoções mas, invariavelmente, são para a mesma operadora ou, no máximo, para telefone fixo.

A orientadora da Natura Ângela Maria Rebouças endossa o discurso. Ela tem cinco aparelhos: dois fixos e três móveis. “É muito mais econômico por causa das promoções”, conta. Ângela tem dois celulares da mesma operadora. “Um é o meu número principal, que eu tenho muitos anos. Ele é de conta. O outro é pré-pago e tem uma promoção de ligar sem pagar para a mesma operadora”. A regra é a mesma para os dois telefones fixos: cada um tem sua promoção específica. Segundo Ângela, sua conta baixou de R$ 800 para R$ 343.

Mas nem tudo é tão fácil para quem quer aproveitar todas as promoções das operadoras. “A portabilidade quebrou meu esquema”, reclama Helane, do início do texto. “Às vezes você liga para alguém achando que é uma operadora e, na verdade, é outra”. As informações são do Correio.

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