Foi realizada na noite de ontem (28) no auditório da Unex, em Feira de Santana, uma audiência pública para discutir o projeto de duplicação da Avenida Artêmia Pires.
A reunião contou com a presença de representantes da prefeitura municipal, moradores dos bairros do SIM, Santo Antônio dos Prazeres e Registro.
Um dos moradores, o médico Marcos Vinícius, participou na manhã desta sexta-feira (29) do Programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News e fez uma avalição do encontro.
Segundo ele, a forma como a prefeitura pretende fazer a obra, pode gerar problemas futuros, já que não há esgotamento sanitário, feito pela Embasa.
“Foi nos apresentado um projeto, a prefeitura trouxe toda sua equipe de engenharia, equipe da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, o procurador do município também estava presente, representante da Embasa e quem coordenou todos os trabalhos, foi o secretário Carlos Geilson. Nós sabemos que hoje, a Artêmia sofre muito com a questão de engarrafamento, um bairro com muitos condomínios ao redor da Artêmia e gera um grande fluxo de veículos, então este projeto apresentado é bem-vindo e precisa de uma requalificação aqui na região, porém nos pareceu que é uma obra a ser feita de forma rápida, já que a prefeitura não dispõe dos recursos necessários para fazer um projeto que entendemos que seja importante para a região. Nós entendemos que seja uma obra para os dias atuais, mas não para os próximos 20, 30 anos, já que não existe uma preparação de esgotamento sanitário”, explicou.
Segundo o morador, é provável que a Embasa retorne ao local daqui a 5 anos, e tenha que refazer toda a estrutura de esgotamento.
“Nós enquanto moradores, ficamos preocupados pois daqui a 5, 10 anos, a Embasa terá que retornar aqui na Artêmia, quebrar tudo para colocar a tubulação, já que essa região pertence a drenagem do Rio Pojuca. Não acho justo que a população seja prejudicada desta forma, então seria mais importante colocar a parte das tubulações neste momento, para que depois, possa realizar um projeto completo. Acho melhor recuar um passo, para avançar até 10 passos, fazendo uma coisa melhor e se for preciso, nós moradores, iremos implorar da Câmara Municipal para que autorize o empréstimo que a prefeitura solicitou para que seja feita todas as intervenções aqui da região”, afirmou.
O secretário Municipal Extraordinário de Programas e Projetos Especiais, Carlos Geilson, também participou do Programa Acorda Cidade.
Segundo ele, este projeto inicial de requalificação da Avenida Artêmia Pires, custará para os cofres públicos, cerca de R$ 25 milhões.
“Esta é uma obra de grande magnitude que foi debatida com a população de uma forma muito transparente e clara, onde as pessoas puderam se manifestar, inclusive muitas sugestões foram anotadas e farão parte dos ajustes. Gostaria de destacar, que inicialmente, esta obra irá custar cerca de R$ 25 milhões, mas acontece que em alguns trechos onde houve invasão, não será possível colocar quatro faixas, apenas três”, informou.
Segundo o secretário, o investimento que a Embasa irá fazer na região, pode atingir cerca de R$ 500 milhões.
“O diretor da Embasa, Raimundo Neto também esteve presente na audiência pública e fez o uso da palavra lá no momento. O investimento para resolver toda a situação ali da Artêmia, é um valor de R$ 500 milhões, pois é a construção da bacia do Pojuca, porém quando é que o governo do estado vai construir? Daqui a 10 anos? Esta é uma questão que o governo municipal não pode ficar de braços cruzados, apenas esperando, e por isso será feita uma intervenção. Quando o governo propôs o empréstimo, era para fazer uma drenagem definitiva, mas infelizmente não saiu”, relatou.
Ao Acorda Cidade, Carlos Geilson também destacou que algumas sugestões que os moradores sinalizaram, não poderão ser feitas por falta de espaço.
“Um dos pontos levantados, foi a questão do cabeamento subterrâneo, tirar aquelas postes do meio da rua, já que estes postes serão realocados, inclusive falei isso com o prefeito hoje pela manhã e ele gostou da ideia. Outra ideia levantada pelos próprios moradores, é de duplicar algumas artérias que fazem a ligação da Artêmia Pires com a Noide Cerqueira, além da Avenida Sérgio Carneiro. Uma terceira sugestão dada, foi a construção de ciclovia, porém não há espaço, e por isso que o governo não pode ficar de braços cruzados. Nós sabemos do grande engarrafamento que tem ali na região, principalmente no horário que as pessoas estão retornando para casa, indo trabalhar, é uma via bastante movimentada. Posso dizer que o encontro de ontem foi bastante produtivo, tivemos um bom número de quórum, colocamos um síndico representando todos os síndicos e subsíndicos, foi dada a voz aos moradores, ouvimos as sugestões, as críticas que são construtivas para melhorar o nosso projeto e acredito que esta obra não poderia ser iniciada sem antes conversar com a comunidade”, afirmou.
De acordo com o secretário, as obras de intervenção têm previsão para serem iniciadas na segunda quinzena de novembro.
“Tudo isso foi explicado aos moradores, o superintendente João Vianey estava presente, mas sabemos que o processo licitatório está acontecendo. Duas empresas que foram inabilitadas recorreram, as outras duas já foram habilitadas, mas a Secretaria de Planejamento ainda vai dar um parecer em relação às duas empresas inabilitadas. O processo licitatório continua, estamos já neste final de setembro, teremos todo o mês de outubro, e a previsão é que estas obras possam começar na segunda quinzena do mês de novembro”, concluiu.
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