
Durante três dias, a Fundação Hospitalar de Feira de Santana realizou o Curso de Sensibilização da Atenção Humanizada ao Recém-Nascido, para profissionais que utilizam o Método Canguru, que é uma técnica médica especializada no atendimento aos bebês de baixo peso. O curso foi ministrado por tutores reconhecidos pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). As aulas começaram na terça-feira (26), no Hospital da Mulher.
Michele Versale, contribuiu com as aulas e trouxe uma avaliação dos três dias intensivos de aprendizagem. A fisioterapeuta trabalha no Hospital Estadual da Criança (HEC) e explicou que os conhecimentos adquiridos pelos participantes, devem ser compartilhados com outros profissionais da unidade.
“O curso visa capacitar os profissionais que lidam diretamente com bebês, não somente prematuros. O curso ampliou esse olhar que antes a gente focava muito no bebê prematuro e agora a gente tem um foco maior na assistência humanizada a esse neonato, com um olhar sensibilizado as famílias. A gente quer que esses profissionais possam multiplicar esses conhecimentos adquiridos no curso”, afirmou.
Segundo o coordenador de fisioterapeuta do hospital, André Luís Bispo das Neves, participaram da ação 20 profissionais do Hospital da Mulher e 10 do Hec. Ele explicou que o Método Canguru é uma política pública nacional, que atinge maternidade e hospitais do país inteiro e que tem a função de cuidar do bebê e que, também ensina a família nos cuidados dos prematuros.
“Aqui no Hospital é uma coisa constante, a gente teve um aumento de leitos recente, mais de oito leitos para recém nascidos e é uma demanda que sempre cresce, aproximadamente 400 prematuros nascem por ano no hospital e eles precisam de um acompanhamento extenso, pacientes que ficam de 60 a 90 dias, e precisam desse cuidado especializado. Não só eles, mas a mãe para cuidar de um bebê que saí daqui com 1.800, então treinamos essa família para cuidar desse bebê”, explicou.

Uma das tutoras do Método Canguru, Sabrine Cortiana, falou ao Acorda Cidade, que durante o curso, os profissionais aprenderam as etapas que ocorrem desde o acompanhamento da gestante até a chegada do bebê prematuro na unidade.
“A primeira etapa que ainda é na identificação dessa gestação de risco, ao acolhimento da família com esse bebê dentro da UTI. Ali existem uma série de estratégias que são realizadas nessa primeira etapa bebê e familía. Depois, na segunda etapa, resumidamente, é quando eles vão para a ‘Unidade Canguru’, que é o espaço de internamento onde mãe e filho ficam internados em conjunto, onde reforçamos os cuidados com o bebê, empoderando a mãe para alta hospitalar”, pontuou em entrevista ao Acorda Cidade.
Segundo Sabrine, a terceira etapa ocorre quando a família recebe a alta hospitalar e mãe e filho continuam sendo acompanhados, agora, através da interlocução tanto do hospital quanto da Unidade Básica de Saúde.
Além das aulas presenciais, houve aula online com uma tutora do Ministério da Saúde. Os alunos foram diversos profissionais da cidade, enfermeiras, coordenadores de UTIs, médicos, fisioterapeutas e demais trabalhadores da área.
“A gente tem toda uma equipe multidisciplinar envolvida no conhecimento deste curso sobre a política do Método Canguru, para que as pessoas, após ele, possam ser multiplicadores dentro de suas unidades”, concluiu Sabrine.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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