O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, recentemente retirou uma proposta de empréstimo de 50 milhões de dólares, alegando falta de apreciação pela Câmara Municipal. No entanto, uma nova proposta de 175 milhões de reais será enviada à Câmara, buscando financiamento para projetos de infraestrutura.
A primeira proposta, feita em abril de 2022, visava um empréstimo internacional, onde a Prefeitura de Feira de Santana buscaria a aprovação da Câmara Municipal antes de encaminhar o projeto para o Ministério de Planejamento, o Tesouro Nacional e o Senado Federal. O Governo Federal atuaria como avalista, possibilitando juros mais baixos do que os bancos nacionais. O objetivo era financiar uma série de obras públicas, incluindo a construção de viadutos, duplicação de vias e soluções para problemas de alagamento na cidade.
No entanto, a proposta original enfrentou dificuldades de discussão e aprovação na Câmara Municipal, levando o prefeito Colbert a retirá-la.
Quanto a isso, o líder do governo na Câmara de Feira de Santana, o vereador José Carneiro Rocha justificou a decisão do gestor do município dizendo que o governo municipal estava chegando ao fim do mandato, com apenas um ano restante, o que tornava improvável a conclusão dos trâmites necessários para o empréstimo internacional. Além disso, ele apontou a proximidade das eleições como um fator complicador.
Com a retirada da primeira proposta, o prefeito decidiu buscar financiamento em instituições financeiras brasileiras, como o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica. No entanto, isso resultou em juros significativamente mais altos, e o valor solicitado foi reduzido pela metade, agora totalizando 175 milhões de reais.
O vereador José Carneiro Rocha explicou que, ao contrário da proposta original, esse empréstimo não envolverá os trâmites complexos anteriores. Se aprovado pela Câmara, o governo municipal poderá acessar diretamente a instituição financeira e obter o empréstimo.
Entretanto, o valor reduzido do empréstimo deve limitar a quantidade de obras que podem ser financiadas. O projeto inicial era ambicioso, incluindo a construção de viadutos, duplicação de vias, e soluções para problemas de alagamento em várias partes da cidade. Com o novo montante, é provável que a quantidade de obras seja reduzida.
“A proposta do governo era fazer um número de obras muito grande. A ideia inicial era construir o viaduto do Viveiros, o viaduto do Feira IX, que dá acesso ao Nova Esperança, era construir a via de duplicação da rua Artêmia Pires, a avenida que dá acesso ao aeroporto, era acabar com o alagamento da Baraúna e também da Artêmia. Enfim, era realmente um projeto grandioso. E eu acredito que com esse valor o número de obras também seja reduzido pela metade”, considerou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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