Política

Lula é aplaudido 7 vezes durante discurso na Assembleia Geral da ONU

Menções de Lula a 'retorno do Brasil', redução do desmatamento e crítica ao embargo a Cuba foram aplaudidas em Nova York. Presidente voltou a discursar na ONU após 14 anos.

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aplaudido sete vezes durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta terça-feira (19). O petista voltou a discursar no evento após 14 anos. Por tradição, o representante do Brasil é o primeiro a se manifestar no encontro de chefes de Estado e de governo e de ministros dos países que integram a ONU.

O presidente brasileiro falou por 21 minutos para uma plateia composta por presidentes, primeiros-ministros, ministros de Estado, diplomatas, parlamentares e outros integrantes das delegações dos países.

Lula também foi aplaudido ao subir ao púlpito para iniciar sua manifestação e ao final do discurso, quando pediu “indignação com a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano”. E defendeu um trabalho conjunto para superar as desigualdades no mundo.

No discurso, o chefe de Estado brasileiro abordou temas que vem tratando em outros eventos com líderes de países, a exemplo da importância da preservação do meio ambiente e do combate à desigualdade.

O presidente foi aplaudido, por exemplo, ao citar a redução do desmatamento na Amazônia e ao criticar o embargo financeiro imposto há décadas pelos EUA a Cuba.

Confira abaixo as falas de Lula que foram aplaudidas no plenário da ONU:

Reconstrução e ‘Brasil de volta’
Redução de desiguladades
Salários iguais para homens e mulheres
Redução do desmatamento
Aventureiros de extrema-direita
Liberdade de imprensa
Embargo a Cuba

Reconstrução e ‘Brasil de volta’

“Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre. O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo. Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta”.

Redução de desigualdades

“Reduzir as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio. No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível. Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente”.

Salários iguais para homens e mulheres

“Inspirados na brasileira Bertha Lutz, pioneira na defesa da igualdade de gênero na Carta da ONU, aprovamos a lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função”.

Redução do desmatamento

“Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate a crimes ambientais. Ao longo dos últimos oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%”.

Aventureiros de extrema-direita

“Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de extrema-direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário”.

Liberdade de imprensa

“É fundamental preservar a liberdade de imprensa. Um jornalista, como Julian Assange [condenado por divulgar documentos confidenciais dos Estados Unidos], não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima”.

Embargo a Cuba

“O Brasil seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo”.

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