Conscientização

Setembro Amarelo: psicólogo destaca sobre a importância da valorização da vida

Segundo o especialista, a família pode identificar sinais de que uma pessoa deseja o fim da vida.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A campanha do Setembro Amarelo completa 9 anos em 2023 é realizada no Brasil desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (APB), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). A partir disso, o mês de setembro é marcado por ações de prevenção ao suicídio em todo o país.

No Brasil, são registrados cerca de 14 mil casos por ano, e entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de mortes, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com o psicólogo e psicanalista Carlos Henrique Kruschewsky. Segundo ele, a campanha é importante para a conscientização da necessidade de continuidade da vida.

“Divulgar a tentativa de homicídio, é como ficar ventilando algo, pois quando o caso é notificado, faz com que outra pessoa também tente fazer o mesmo, e isso vai se multiplicando como um processo pandêmico, um adoecimento. A data é importante para a conscientização, da necessidade de continuar aqui, porque a vida é sobretudo, uma infinidade de possibilidades, quando a morte, é um ponto final”, afirmou.

Carlos Henrique Kruschewsky
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Segundo o psicólogo, a família pode identificar os sinais quando uma pessoa tem o desejo do fim.

“O suicídio dá sinais, ninguém que está saudável está ali pensando em morrer, o sujeito parte de um adoecimento e vai se agravando até uma tentativa de suicídio. O isolamento social é um sinal, afastamento das pessoas, o sujeito fica mais calado. A melhor ajuda que alguém pode fazer, é levar este sujeito ao médico, ao psicólogo para fazer psicoterapia e na maior parte das vezes, ter uma intervenção medicamentosa”, explicou.

Ainda de acordo com Carlos Kruschewsky, muitas pessoas tentam de alguma forma se comunicar, de algo que está passando.

“Este sujeito está querendo se comunicar, e no processo terapêutico, estas pessoas acabam encontrando um jeito de falar coisas, que por muitas vezes, não falam com ninguém. O Sistema Único de Saúde tem dispositivos preparados para receber estas pessoas, como os Caps, Centros Pops, Creas, todos estão aí para atender este público”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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