O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), retirou o projeto da Câmara Municipal, que solicita um empréstimo de US$ 50 milhões.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o vereador e líder do governo na Casa da Cidadania, José Carneiro Rocha (MDB), informou que a decisão foi tomada, por entender que a autorização não seria atendida até 2024, último ano de mandato do gestor.
“O prefeito encaminhou este projeto no dia 22 de abril de 2022, no mês de dezembro ele reencaminhou, e infelizmente este projeto nunca foi pautado para uma discussão, um debate sobre o assunto. Nenhum vereador tomou conhecimento do conteúdo. Estes recursos seriam liberados ao município com o aval do governo federal, mas diante das dificuldades que se teve com relação a aprovação, o governo municipal entendeu que esta tramitação é muito demorada, e não iria chegar ou não chegaria a tempo de executar as obras que o governo pretendia fazer”, afirmou.
Segundo José Carneiro, diante desta desistência, quem perdeu foi a comunidade feirense.
“Quem perdeu não foi apenas o governo, não foi o prefeito, quem perdeu foi a cidade de Feira de Santana, a população, pois era a população que clamava pela duplicação da Artêmia Pires, era a população que clamava pela construção do viaduto do Viveiros, pelo viaduto do Nova Esperança, para acabar com o alagamento do bairro Baraúnas, então quem realmente perdeu foi a população de Feira de Santana, assim como também deixou de ter uma avenida que ligasse a Avenida Ayrton Senna, até o Aeroporto de Feira de Santana. Eu entendo que se deve fazer oposição contra o governo, não contra a cidade, vamos fazer oposição pensando no melhor para a cidade, agora fazer o que fizeram, sinceramente não prejudicou o governo, mas a cidade”, declarou.
A reportagem do Acorda Cidade também ouviu a presidente da Câmara de Vereadores, Eremita Mota (PSDB). Segundo ela, este ato foi lamentável por parte do poder executivo.
“É lamentável essa decisão do prefeito em retirar um projeto alegando que houve uma má vontade da presidência. Eu tive a maior vontade e disse aqui, até fazendo um desafio para as pessoas que solicitaram o viaduto do Viveiros, informei a eles, formem uma comissão e solicitem que o prefeito mande um projeto, pois eu preciso disso para cumprir a lei. Era apenas um projeto anexado informando o que seria feito com este empréstimo, eu não posso cometer erros aqui na Câmara, pois eu poderia ser cobrada até pela Justiça, caso alguém acionasse, ou seja, a presidente iria aprovar um projeto no escuro, dando um cheque em branco ao prefeito, para que ele fizesse o que quisesse, mas não é assim que a lei funciona”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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