A indicação ao Senado, pelo presidente Lula (PT), de um desembargador do Ceará, Teodoro Santos, a uma das duas vagas destinadas a magistrados estaduais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), esta semana, recolocou na pauta a discussão sobre a oportunidade que a Bahia perdeu em indicar um quadro do Judiciário baiano para a Corte.
Desembargadores que acompanharam o processo de formação no STJ da lista quádrupla, à qual nenhum dos três baianos que concorreu conseguiu se eleger, observam que a indicação de um cearense provou que havia total disposição para que o presidente nomeasse um nordestino para a Corte, espaço que poderia ser ocupado por um desembargador da Bahia.
O que faltou, dizem, foi articulação entre os concorrentes e a liderança maior da política baiana, Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado. Levou a melhor o Ceará e o ministro da Educação e ex-governador, Camilo Santana, de quem Teodoro Santos é afilhado. O presidente indicou ainda o desembargador Afrânio Vilela, de Minas Gerais, apadrinhado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Pela Bahia concorreram os desembargadores Maurício Kertezman, candidato de Wagner, Roberto Frank, presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Jatahy Fonseca e Nilson Castelo Branco, presidente do Tribunal de Justiça e único a renunciar à candidatura uma semana antes de forma a evitar a pulverização de candidaturas de baianos ao pleito.
Fonte: Política Livre
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