A Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (Settdec), proibiu a comercialização de bebidas em garrafas de vidro no Mercado de Arte Popular (MAP). A medida foi publicada no dia 9 de agosto. (relembre aqui)
Passados 20 dias do novo decreto, comerciantes do entreposto comercial, estão alegando queda nas vendas, pois segundo eles, a maioria dos clientes optam por consumir a cerveja em garrafa.
Ao Acorda Cidade, Geovane Beirão responsável pelo restaurante Ana da Maniçoba, informou que nunca presenciou uma proibição como esta, em um local considerado como turístico.
“Eu ao longo dos meus 59 anos de idade, sempre labutei com bebidas, restaurante, já viajei para vários lugares e nunca vi em lugar nenhum de turismo, não vender cervejas em garrafas. Ainda mais que aqui é um local, onde há famílias, são comerciários, não são pessoas de bagunça, são pessoas de respeito. Eu gostaria de saber do secretário onde ele viu este termo que não é permissível vender cerveja em garrafa em um local de turismo”, disse.
Segundo ele, muitos clientes já estão deixando de frequentar o local.
“A gente vem de uma pandemia terrível que acabou com todos os setores de restaurantes, estamos querendo reestabelecer a nossa vida e agora aparece uma situação como esta. Muitos clientes já me disseram que vão embora, que não vem mais aqui. Eu por exemplo, tenho seis funcionários, pago só de energia cerca de R$ 1.500, ainda tem a prefeitura para pagar e o pessoal está reclamando porque não tem mais cerveja em garrafa aqui”, lamentou.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado de Arte Popular, Alecique de Almeida Santos, informou que muitos comerciantes estão sendo prejudicados com esta nova determinação.
“Os comerciantes que possuem restaurantes e bares que vendem seus refrigerantes e cervejas, estão sendo muito prejudicados porque as pessoas estão saindo daqui, para consumir em outro local. O pessoal está muito chateado com isso”, disse.
Segundo o presidente, uma reunião já foi realizada com o secretário da Settdec, Wilson Falcão, e o mesmo alegou que a determinação é um procedimento do Ministério Público.
“Já estivemos com o secretário, nós nos reunimos aqui com todos os donos de bares e restaurantes, e segundo ele, este é um procedimento do Ministério Público, uma determinação de lá, mas que poderia sentar e verificar quais são as possibilidades para que possamos resolver tudo isso”, afirmou.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (Settdec), e aguarda retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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