Feira de Santana

Unifacs e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos realizam ações em apoio aos refugiados venezuelanos

Os migrantes estão alojados em uma vila no bairro Mangabeira.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A Unifacs está promovendo o Projeto de Extensão “Centro de Serviços ao Migrante”, em parceria com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).

A universidade faz parte da Rede de Apoio ao Migrante na Bahia (Ramba) e em Feira de Santana, o Projeto de Extensão “Centro de Serviços ao Migrante é coordenado pela professora Rafaela Ludolf, e os alunos se prepararam para participar de uma ação voltada aos refugiados indígenas venezuelanos, abrigados na cidade.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Atualmente, os grupos de famílias estão residindo em uma vila no bairro Mangabeira, mas a situação enfrentada pelos refugiados envolve necessidade de regularização de documentos, além dos direitos humanos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a coordenadora informou que nesta sexta-feira (11), o primeiro passo foi conhecer de perto o local, onde todos os refugiados estão morando.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Esta visita faz parte de um movimento da rede de apoio ao migrante na Bahia, então vieram não só a gente da Unifacs, como a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, a Vida Internacional e outros projetos da universidade, no sentido de identificar a situação que está acontecendo hoje na vila. Hoje a vila está superlotada, com uma população muito grande, mas que está nessas condições porque precisa estar, porque se não for isso, é morar na rua. Então parte da ideia da visita hoje, é ter este conhecimento do lugar, identificar o que está acontecendo e como a gente pode trabalhar, tanto enquanto rede de apoio ao imigrante aqui na Bahia, quanto como como agente fiscalizador e articulador da sociedade. Aqui hoje em Feira de Santana quem atua com assistência de uma forma mais intensa com essa população, é o Movimento de População de Rua de Feira de Santana, na figura de Carla Silva, e um trabalho que ela vem tentando articular as redes, mas a gente percebe ainda que na hora que você precisa fazer as construções dos diálogos com o município, muitas instituições ainda estão em falta”, destacou.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo Danielle Rebouças, coordenadora executiva da SJDH, o dia de hoje, foi mais como uma forma de saber como está o acesso à saúde, à educação e à assistência social.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A gente veio a convite do Movimento de População em Situação de Rua, na pessoa de Carla, que é essa referência para esta população que está fixada aqui no município de Feira de Santana, e a gente veio com um desdobramento de uma reunião que houve na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos com o secretário Felipe Freitas e justamente quando Carla teve a oportunidade de apresentar algumas demandas que este povo tem apresentado algumas necessidades, e neste sentido que a gente veio para conversar com eles e conhecer a situação que eles estão vivendo aqui e o que se sabe, é que eles estão vivendo em condições precárias, sem acesso a educação, a saúde e assistência social, embora eles estejam em situação de vulnerabilidade, isso ainda não acontece de modo efetivo e a gente veio para tentar essa articulação, fazer com que eles acessem esses direitos”, disse.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Representante do Movimento Nacional de População de Rua, Carla Silva contou à reportagem do Acorda Cidade que acompanha o grupo desde o mês de março de 2020.

“Eu acompanho eles desde quando chegaram no mês de março de 2020 e nós fazemos todas essas questões de articular uma rede, para ver todos os serviços todas as evoluções que nós podemos fazer socioassistencial, a política transversal intersetorial. A dificuldade maior que nós estamos vendo aqui é a falta de políticas públicas por parte do governo para ministrar isso aqui com a rede, então a assistência à saúde e educação precisa ser dialogada, precisa ter um trabalho específico para cada família. Não é a questão somente da caridade que está prevalecendo aqui, o que tem que prevalecer é a política pública porque nós temos a Lei de Migração e temos também a Constituição de 88 que garante a esse público estar aqui e permanecer”, disse.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ainda de acordo com Carla, as crianças venezuelanas já estão matriculadas em escolas das redes, e as famílias também já foram credenciadas no Programa do Bolsa Família.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Todas estas pessoas já estão inseridas no Bolsa Família, nossa equipe foi ao Cras e conseguiu cadastrar estas pessoas. Sobre as crianças que chegaram aqui em nosso território no ano passado, elas já estão estudando, porém um novo grupo que estava em outra cidade, também acabou de chegar em Feira de Santana e nós estamos providenciando tudo da melhor forma, estamos viabilizando para que estas novas crianças sejam matriculadas nas unidades”, concluiu.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso), sobre as ações municipais direcionadas aos refugiados venezuelanos.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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