Feira de Santana

Pessoas em situação de rua relatam dificuldades enfrentadas em Feira de Santana

As famílias que residem ao lado do CSU, trabalham com reciclagem.

CSU
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

No mês de janeiro deste ano, a reportagem do Acorda Cidade esteve na Avenida Transnordestina, ao lado do Centro Social Urbano (CSU), localizado no bairro Cidade Nova em Feira de Santana e conversou com alguns moradores em situação de rua, que vivem da reciclagem.

Cerca de sete meses depois, a reportagem esteve mais uma vez no mesmo local, e encontrou diversas famílias com crianças pequenas e que vivem através de doações e do trabalho da reciclagem.

CSU
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Rosânia Bispo dos Santos, 58 anos de idade, informou à reportagem que foi beneficiada com uma casa do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, mas devido um acidente que sofreu, não pode subir escadas e infelizmente não conseguiu trocar a unidade por uma no térreo.

Além desta situação, Rosânia também informou que o galpão que trabalha com reciclagem fica no bairro Campo Limpo, próximo do CSU, e também por este motivo, preferiu ficar residindo em um barraco.

CSU
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A gente depende deste trabalho aqui para sobreviver. Eu tive um acidente, eu criei os meus filhos aqui, e mesmo que muitas pessoas digam que isso aqui é lixo, isso aqui é o nosso trabalho, é com isso que a gente trabalha para reciclar e ter o que comer. De todas as famílias que residem aqui, eu sou a única que tenho um casa própria do Minha Casa Minha Vida, a casa fica lá no Campo Belo, no Campo do Gado Novo, porém eu já fui na prefeitura, já fui na Caixa tentar trocar por uma em baixo, mas eu não consegui, e eu não posso subir escadas porque eu tenho uma platina na perna. Eu sei que irei morrer de fome, já me disseram que não tinham o que fazer por mim, é disso daqui que trabalho, é pouco, mas é o dinheiro que a gente tem para sobreviver. Eu estou aqui do lado do CSU, porque o depósito fica do outro lado, ali no Campo Limpo, ou seja, fica mais próximo pra mim, do que ficar morando lá no Campo Belo”, comentou.

Ainda de acordo com Rosânia, 1kg de papelão custa apenas R$ 0,30, a depender do comprador.

CSU
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Hoje eu cato latinha, papelão, tudo que for possível para reciclar. 1kg aqui, custa em média de R$ 0,20, R$ 0,30, a depender do local, porque tem pessoa que não paga o mesmo preço da outra”, disse.

CSU
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ao Acorda Cidade, Rosânia informou que grupos realizam doações de alimentos e cobertores.

CSU
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso) e aguarda retorno.

CSU
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Leia também: Cerca de 18 pessoas vivem desabrigadas ao lado do CSU em Feira de Santana

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Péricles Carneiro

Reflexo do caos oriundo do governo Zé Ronaldo! Colbert só é o fantoche, coitado!

Ninguém resolve!!

Ninguém resolve essa situação, vão dizer que a culpa é de A e de B. Do bolsa família ; do minha casa minha vida; do COVID ; do Lula ; do Bolsonaro; do Zé Ronaldo; do Colbert….etc.
Nunca é do indivíduo que fez suas escolhas erradas na vida.
Gente me desculpe, mais ninguém quer sair dessa vida, eles tem desculpa pra tudo.

Verdade

Essa realidade brasileira os políticos fecham os olhos. Não digo dar” bolsa tudo ” mas poderiam conseguir um emprego p eles , mas p que né ? Será q eles votam ? Mostra os títulos q aí aparece na véspera das eleições uns 10 políticos levando cesta básica em troca de votos. É uma vergonha nossos representantes políticos mas fazer o que né o povo gosta de brigar p fazer escada p eles subirem enquanto a população carente só faz descer , descer , descer .

MORADORA DA CIDADE NOVA

Deus abençoe, que consigam a casa dela no terreo,
pra vida dela melhorar
porque ninguém merece viver em um barraco
arriscando sua vida