Dilton e Feito
Gasto do governo com varejo político dispara após a crise
Ela ainda diz que o procedimento vale para todas as ações do governo, recebendo ou não emendas parlamentares.
A crise no relacionamento com os partidos aliados e a criação da CPI do Cachoeira coincidiram com a multiplicação da liberação, pelo governo Dilma Rousseff, de verbas de interesse de deputados, senadores, prefeitos e governadores. Os registros diários dos desembolsos federais mostram um salto, a partir de março, das despesas incluídas por congressistas no Orçamento da União em favor de seus redutos eleitorais –as chamadas emendas parlamentares. Os desembolsos quadruplicaram de fevereiro para março, quando ultrapassaram a casa dos R$ 350 milhões –patamar repetido em abril. Em consequência, os primeiros quatro meses do ano terminaram com liberação de R$ 911 milhões, contra R$ 363 milhões no primeiro quadrimestre de 2011, quando Dilma lançava seu pacote de austeridade fiscal.
OUTRO LADO – A Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação entre o Planalto e os partidos aliados, afirmou que o desembolso dos recursos não tem relação com a agenda política. "O desembolso de recursos para pagamento dos [serviços] contratados depende do cronograma firmado, da medição dos serviços executados e da disponibilidade de recursos", diz nota enviada pela secretaria. Ela ainda diz que o procedimento vale para todas as ações do governo, recebendo ou não emendas parlamentares. As informações são da Folha.
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