O diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana, José Freitas Júnior, esclareceu ao Acorda Cidade o que ocorreu com o preso Aparecido Galdino da Silva, alagoano de 47 anos, que morreu às 23h33 da última segunda-feira (17), no Hospital Geral Clériston Andrade, após ficar mais de um mês internado.
Inicialmente foi informado pela polícia que o preso foi espancado na unidade prisional, porém o diretor informou que não houve agressão. As múltiplas fraturas relatadas no laudo médico, na verdade ocorreu, segundo o diretor, pelo próprio detento. Ele sofreu uma crise psicótica e ficou batendo a cabeça na grade de ferro até desmaiar.
Aparecido Galdino estava isolado e, portanto, no momento do surto ele estava sozinho. Ao Acorda Cidade, o diretor relatou que ele foi mantido em isolamento por orientação médica e levado para o hospital, sob escolta, no dia 2 de junho, no entanto, ele já havia sido internado antes, no dia 30 de maio. O preso iria receber tratamento com um psiquiatra quando recebesse alta.
Galdino deu entrada no conjunto Penal no dia 24 de maio, oriundo da comarca de Olindina, onde teve sua prisão registrada no dia 17 de abril, deste ano, por suspeita de praticar um aborto.
“Este preso ficou isolado sob orientação de da saúde, porque percebeu que ele estava com surto psicótico, então esse preso não pode ter sido espancado porque ele estava isolado. No dia 30 de maio ele estava se mutilando e batendo a cabeça na grade. Os nossos prepostos do Geope e companhia estiveram lá e prestaram atendimento com o médico. Só que no dia 2 de junho ele voltou a ter esse surto psicótico e resolvemos encaminhá-lo para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Ele foi internado, depois entubado, ficou na UTI e infelizmente ele veio a óbito”, informou.
Desde seu internamento no hospital, a assistência social do presídio busca contato com familiares, mas não consegue, possivelmente devido ao crime cometido. Agora, a unidade busca um novo contato com algum elo familiar para comunicar a morte do mesmo.
“Ele estava isolado porque há uma orientação de que tem que ocorrer o isolamento do preso, para depois de ter toda documentação e cadastro a gente fazer uma triagem para saber onde ele vai cumprir a pena. E ele estava neste período que leva de oito a dez dias. Como ele chegou aqui no dia 24 de maio, a primeira audiência com ele foi no dia 30, no sétimo dia, que ele estava aqui conosco, mas como ocorreu esse surto, eu poderia colocar tanto a vida dele quanto a de outros presos em risco, se eu o colocasse no convívio. Então nós o deixamos isolado até a gente conseguir controlar o surto psicótico dele. Ele estava sendo assistido. Não houve o espancamento com toda certeza”, afirmou.
O corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Aparecido Galdino é natual de Arapiraca (AL).
Com informações dos repórteres Ed Santos e Aldo Matos
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