O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (14) que “tem ministros que não são trocáveis”.
Ele deu a declaração durante discurso, no Palácio do Planalto, na cerimônia de sanção da lei que retomou o programa Mais Médicos.
O petista voltou a afirmar que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, não deixará o cargo. Partidos do Centrão têm interesse em assumir a pasta, em troca da ampliação da base do governo no Congresso.
“Disse para Nísia publicamente: ‘Tem ministros que não são trocáveis’. Tem pessoas e tem funções que são uma coisa da escolha pessoal do presidente. Eu disse, publicamente, ela é ministra do Brasil, ela é minha ministra. E, portanto, ela tem uma função a cumprir. sabe que única perspectiva de sair é se não cumprir a função correta dela. isso vale para mim, para todo mundo”, afirmou o presidente.
Lula também ironizou especulações de que fará novas substituições no primeiro escalão do governo. Nesta quinta-feira (13), o Palácio do Planalto confirmou que Celso Sabino será nomeado ministro do Turismo no lugar de Daniela Carneiro.
“Estamos em período de entressafra. O Congresso está em férias, e todo dia leio nos jornais a troca de ministros. Eu já troquei todo mundo, só falta eu mesmo me trocar”, disse.
Nos bastidores, partidos do Centrão têm reivindicado mais espaço na Esplanada dos Ministérios. O Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida do programa Bolsa Família e é chefiado por Wellington Dias, é um dos alvos de desejo do grupo de partidos.
Os comandos do Ministério do Esporte, que hoje está com Ana Moser, da Caixa Econômica Federal e dos Correios também são disputados.
Segundo a colunista do g1 Camila Bomfim, estão descartadas as trocas nos Correios e nos ministérios:
- do Esporte
- do Desenvolvimento Social
- da Saúde
E podem mudar de comando (negociações ainda em andamento):
- Ministério da Mulher: sairia Cida Gonçalves, entraria Luciana Santos;
- Ministério de Ciência e Tecnologia: sairia Luciana Santos, a vaga seria oferecida ao Centrão;
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio: sairia Geraldo Alckmin, que acumula a vice-presidência da República, e assumiria Márcio França;
- Ministério de Portos e Aeroportos: sairia Márcio França, a vaga seria oferecida ao Centrão.
Caixa Econômica Federal
O PP, partido chefiado por Ciro Nogueira (PP-PI) e ao qual é filiado o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), tenta emplacar um aliado na presidência da Caixa, exercida atualmente por Rita Serrano.
O banco público é o principal operador do programa Minha Casa, Minha Vida; e já foi dominado pelo PP. Na gestão do ex-presidente Michel Temer, Gilberto Occhi foi indicado pela sigla para presidir a instituição.
Fonte: G1
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram