Roberta Costa
Ontem (17), o deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto (PT), reuniu-se com o secretário Estadual da Saúde, Jorge Solla, na sede da Sesab, em Salvador, para discutir a rede de saúde na Bahia. O secretário Municipal da Saúde de Feira, Getúlio Barbosa, também foi convocado para a reunião, mas não compareceu.
Jorge Solla, disse que “Zé Neto marcou a reunião para discutir o que pode ajudar o município na questão da obstetrícia. Feira de Santana possui gestão plena de recursos que vêm do Ministério da Saúde. Quem tem a responsabilidade de viabilizar a oferta de ações nos serviços de saúde na cidade é a prefeitura. A responsabilidade do governo do estado é manter funcionando os seus serviços próprios. O que extrapola a responsabilidade do estado, deve ser feita pelo município”.
Existe um acordo tácito entre o estado e município, sobre os partos de alta complexidade. O acordo é que, os partos de alto risco devem ser feitos no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
“Onde isso está escrito?”, perguntou Jorge Solla. “Não existe essa divisão de que partos de alto risco é do estado e o outro da prefeitura. Claro que o HGCA tem mais condição que o hospital municipal (Hospital da Mulher), mas o Clériston faz todo tipo de parto. A gente já propôs e iremos propor de novo que o município amplie a oferta no hospital municipal e reduza a pediatria, que pode ser absorvida pelo Hospital Geral da Criança (HEC), ou então contrate serviços privados para essa finalidade”.
Outro lado – O secretário Getúlio Barbosa disse que não recebeu nenhum convite oficial do secretário Solla e que, se tivesse recebido, não se negaria a comparecer na reunião. Sobre a obstétrica, ele reiterou que “ficou estabelecida a preferência pelo Clériston por ter maior capacidade de atender aos casos de alto risco e uma parte da verba recebida pelo município vai para auxiliar nesses serviços do Clériston. O município fez ano passado, mais de 600 partos dessa especialidade no Hospital da Mulher, mas quando lota, tem que ir pro Clériston mesmo e vice-versa”.
Para Getúlio, os problemas de Feira de Santana, se avolumam a cada dia. “As pessoas também esquecem as cidades vizinhas, que trazem seus pacientes para Feira. É necessário conversar e assistir esses municípios também”.