No próximo domingo (9), acontece o Bando Anunciador, manifestação cultural e popular da cidade de Feira de Santana, onde as pessoas se reúnem para festejar, fantasiadas ou não. A festa profana marca os festejos da padroeira da cidade, Nossa Senhora Santana e une pessoas de vários bairros nas principais ruas do centro da cidade. A concentração acontece a partir das 6h da manhã, em frente ao Centro Universitário de Cultura e Arte de Feira de Santana (Cuca).
Um dos organizadores do Bando das Baraúnas, Edilson Barbosa Ribeiro comentou em entrevista ao Acorda Cidade sobre a expectativa para festejar no domingo. “Estamos na espera de que venham muitas pessoas enfeitadas de fantasia e também com as camisas e chapéus do nosso bando. A gente colocou o bando como um grupo de caipiras, então a gente vem com camisas quadriculadas e com o chapéu de palha”, explicou.
A organização das camisas e a confecção dos chapéus personalizados já estão a todo vapor. Edilson conta que todo ano a produção cria uma música para embalar a festa. “Todo ano a gente faz uma música e esse ano ela vem buscando à saudade do Bando anunciador. Porque teve essa pandemia, então ficamos suspensos por três anos. Até quinta vamos dar uma palhinha aqui no bairro, para poder fazer o esquenta”, conta.
De acordo com ele, entre músicos e foliões a estimativa é de 800 a mil pessoas saindo do bairro. “A gente sai na micareta, geralmente fazemos algumas atividades aqui no bairro, temos também alguns grupos que fazem muito pelo bairro”, disse.
Ainda de acordo com Edilson, a prefeitura encaminhou informações essa semana com regras do que pode e o que não pode ser realizado durante os festejos. Como a presença de carroças e de vendas de algumas bebidas, à exemplo.
O grupo buscou patrocínio para produzir o evento e o café reforçado que será servido antes da saída do bairro para o centro da cidade. “A parceria com o Cuca não tem, eles dizem o dia e nós corremos atrás para poder fazer a nossa festa. Eles dizem que não tem apoio de nada, porque o governo da Bahia não entra nisso e a prefeitura ajuda muito pouco”, disse em entrevista ao Acorda Cidade.
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De acordo com o diretor do Cuca, Aldo Morais, não existe por parte dos órgãos públicos um repasse de recurso direto, mas que a sociedade e os órgãos em geral são convocados e atuam juntos para a produção da festa. “Muito recurso é empregado para que o Bando aconteça, como a contratação de banheiros químicos, a mobilização do pessoal técnico, guarda municipal, fiscais, corpo de bombeiros, Samu e tudo isso é recurso. Nós temos 120 policias militares no dia dando suporte as atividades. O que nós não temos e nunca houve é recurso passado diretamente aos grupos. Isso tem haver muito com a característica dos festejos, que é um evento de participação espontânea; por isso a gente não tem recurso direto”, explica.
O diretor ainda reforça a participação de várias secretárias da cidade no planejamento do evento. “A gente chama os diferentes órgãos, Polícia Militar, Samu e secretarias de Prevenção a Violência, de Saúde, de Cultura, dentre outras. Tentamos reunir esse grupo de entidades para pensar em conjunto e planejar o Bando”.
Para finalizar, Edilson convocou as pessoas que participarão dos festejos no domingo. “Eu vou pedir ao nosso grupo que venha com alegria. São três anos sem o Bando, como fala a música, muita saudade. Eu creio que venha todo mundo com muita alegria, para gente fazer do nosso Bando o melhor de todos. Com certeza, o bairro vai parar, vamos tomar nosso café da manhã e vamos subir a partir das 6h da manhã”, finalizou.
Leia também: Suspenso por três anos, Bando Anunciador será realizado no próximo domingo (9)
Com informações do Repórter Paulo José do Acorda Cidade
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