Feira de Santana

Equipe de enfermagem paralisa atividades do HGCA em protesto por pagamento do piso salarial

O piso salarial aprovado para o enfermeiro é de R$ 4.750,00.

Protesto no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Profissionais de enfermagem realizaram em todo o Brasil, na quarta-feira (28), um protesto em favor do pagamento do piso salarial da categoria.

Em Feira de Santana, a manifestação está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (29), e os profissionais da enfermagem do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) cruzaram os braços para atendimentos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (SindSaúde), Dart Clair Cerqueira, informou que o motivo da paralisação é pela falta de pagamento do piso salarial que já foi aprovada e sancionada no Congresso Nacional.

Protesto no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A paralisação está ocorrendo, porque nós tivemos uma lei que trata do piso salarial da enfermagem aprovada e sancionada pelo presidente. Nós tivemos também duas emendas constitucionais aprovadas que tratam de recursos, e a portaria do Ministério da Saúde também destinando os recursos necessários para pagamento do piso salarial que é válido para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, além de parteiras”, explicou.

De acordo com a diretora do Sindicato, a categoria está sendo barrada pelos gestores que ainda não começaram a pagar o novo piso salarial.

“Nós estamos esbarrando aí com a má vontade política dos prefeitos, dos governadores, em estarem pagando realmente o piso salarial. Já tem alguns estados que já estão pagando e o que a gente quer neste momento é que a lei que foi aprovada em agosto do ano passado seja colocada em prática e chegue aos contracheques de toda enfermagem”, disse.

Segundo Dart Clair, a alegação aplicada é que não há recursos para ser pago o novo salário.

“A alegação é justamente a falta de recursos. A gente sabe que já tem a destinação do governo federal com estes recursos e os privados com o discurso que não tem dinheiro, mas a gente sabe que as redes privadas foram as que mais enriqueceram durante a pandemia com o trabalho que a enfermagem realizou cuidando aí de toda a população e salvando vidas com a Covid-19. A gente não vai aceitar este discurso que não tem como pagar, porque a gente sabe que tem sim, já foi feito estudos durante esse período em que o projeto tramitou no congresso e ficou comprovadamente que tem sim, condições de pagar. A gente não vai aceitar que esta valorização não chegue para a categoria”, salientou.

O piso salarial aprovado para o enfermeiro é de R$ 4.750,00.

“Para o enfermeiro, a lei foi aprovada com o valor de R$ 4.750, 70% para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem. Nós vamos fazer tudo que for possível para mostrar a força da categoria, se for preciso a gente bloqueia a BR, a gente para o serviço, mas a gente tem que mostrar a importância e a força da enfermagem neste momento”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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