Dilton e Feito
Brasil deve priorizar registro de patentes, diz Dilma nos EUA
A conversa, em tom descontraído, de acordo com relatos dos participantes, durou pouco mais de uma hora. Dilma brincou que alguém poderia perguntar o porquê de ela sair do Brasil para conversar com empresários brasileiros.
Em encontro com empresários brasileiros em Washington, a presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (8) que o Brasil deve priorizar o registro de patentes como meta de avaliação científica. Segundo ela, o modelo atual é muito focado em publicação de artigos. Ela ouviu do empresariado o pedido para que o governo foque em inovação. Dilma também enfatizou a necessidade de fomentar a pesquisa no país. A presidente iniciou neste domingo visita aos EUA, onde se encontrará na segunda-feira com o presidente Barack Obama e tratará de temas como cooperação científica e aprofundamento das relações comerciais. O empresário Marcelo Odebrecht afirmou que a reunião foi positiva. "Ela está muito interessada em conhecer a agenda das empresas brasileiras no exterior." Participaram da reunião, organizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), 23 empresários. Estavam no encontro representantes da Gerdau, Camargo Corrêa e Amcham (Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos), entre outros. A conversa, em tom descontraído, de acordo com relatos dos participantes, durou pouco mais de uma hora. Dilma brincou que alguém poderia perguntar o porquê de ela sair do Brasil para conversar com empresários brasileiros. A presidente justificou que os encontros a ajudam a se preparar para os eventos oficiais. Dilma também disse aos representantes do setor privado brasileiro que o Brasil deve aprender com os EUA — sobretudo com sua capacidade de se recuperar rapidamente de crises. Ainda segundo os participantes, a presidente foi extremamente pragmática e defendeu a ampliação dos negócios entre os países. Os Estados Unidos perderam o posto de principal parceiro comercial brasileiro para a China há pouco mais de dois anos, mas o fluxo está se recuperando. Em janeiro, os EUA voltaram a bater o país asiático como parceiro número um do Brasil, graças principalmente ao aumento das exportações brasileiras e à queda no preço das commodities. Em fevereiro, a China voltou a ultrapassar os EUA em corrente de comércio (exportações mais importações). O Brasil tem deficit com EUA — em 2011, totalizou US$ 8,1 bilhões.
OUTRAS REUNIÕES – Na segunda-feira, Dilma se encontrará com executivos brasileiros e americanos do Fórum de CEOs, que foi presidido por ela quando a petista era ministra da Casa Civil. Do lado brasileiro, estarão principalmente empreiteiras. Também estarão presentes o setor financeiro, de aviação e representantes da indústria do suco de laranja, que enfrenta problemas nos EUA por causa da presença de um fungicida proibido no país. Entre os americanos, comparecerão Boeing, International Paper e empresas do setor energético. As informações são da Folha.
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