Ney Silva
Feira de Santana
Diretor do Colégio Luiz Eduardo reclama de dificuldades para gerenciar a instituição
Com 1.800 alunos nos três turnos, o colégio que é um dos maiores da rede estadual de ensino, passou por uma recente reforma. O diretor disse que por falta de verbas de manutenção não foi possível pagar aos fornecedores.
O diretor do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, professor Edvan Pedreira, distribuiu uma carta aberta a comunidade escolar onde relata que a instituição enfrenta sérias dificuldades por falta de repasse de verbas. Segundo ele, a situação é tão crítica que não está tendo nem mesmo a merenda escolar para distribuir. Ele reclamou também do valor repassado para merenda que é de R$ 0,30 (centavos) para cada estudante.
Com 1.800 alunos nos três turnos, o colégio que é um dos maiores da rede estadual de ensino passou por uma recente reforma. O diretor disse que por falta de verbas de manutenção não foi possível pagar os fornecedores. "Estamos no mês de abril e os recursos que eram previstos para chegar no mês de outubro do ano passado como a 4ª parcela do Faed (Fundo de Assistência ao Estudante) até então não foi liberada", afirmou. De acordo com o diretor, a não liberação desse recurso específico fez com que se inviabilizasse a reprodução de provas e testes para avaliação dos estudantes.
Para que a carta aberta chegasse ao conhecimento de todos, o diretor expôs o conteúdo em um quadro na entrada do colégio. Os estudantes se revezavam para lê o documento.
Além de não liberar o dinheiro para compra da merenda escolar, a Secretaria Estadual de Educação determinou o fechamento dos espaços alternativos (cantinas) onde se comercializavam merenda escolar.
Na opinião de Edvan Pedreira essa atitude foi incoerente e no caso do colégio Luiz Eduardo não foi possível fechar por ser o único local para alimentação. "Estamos com quase 2 mil alunos do ensino médio na escola e diante do problema de não chegar esse recurso mantivemos o espaço alternativo", afirmou.
Diretora da Direc-2 diz que verba para merenda será liberada nesta quarta-feira
A diretora da Direc-2, Nívea Maria Oliveira da Silva, que assumiu o cargo nesta terça-feira (03), informou que os recursos destinados para compra da merenda escolar deverão ser liberados nesta quarta-feira (4). Ela explicou que não existe crise no setor de educação e que o atraso no repasse da verba foi causado pelos reajustes de valores que é feito de acordo com o número de estudantes.
A diretora explicou também o motivo do fechamento dos espaços alternativos (cantinas) onde se vendiam lanches nas escolas. Segundo ela, esse fato ocorreu porque até 2008 não havia merenda para o ensino médio, o que passou a ser feito desde 2009 não justificando mais a manutenção desses espaços.
“O governo achou melhor que se fechasse as cantinas para que as crianças tivessem uma merenda adequada e saudável”, afirmou.
Sobre o valor repassado para a merenda que segundo o diretor Edvan Pedreira é de R$ 0,30 (trinta centavos) por aluno, ela disse que o repasse global para cada escola é muito significativo e que a boa alimentação dos alunos depende do gerenciamento da verba.
“Se você for no quantitativo a verba é suficiente para se oferecer uma merenda de boa qualidade”, disse Nívea. Ainda de acordo com a diretora, além da liberação dos recursos para a merenda escolar, o governo do estado fará repasses de dinheiro para despesas com manutenção até o próximo dia 15 de abril.
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