Os comerciantes da Rua Papa João XXIII, no bairro Tomba, reclamaram nesta sexta-feira (9) sobre os prejuízos causados pela obra de drenagem que está sendo realizada no local pela prefeitura de Feira de Santana.
Segundo o comerciante Márcio de Jesus, em entrevista ao Acorda Cidade, desde que a obra começou, as lojas estão sem vender seus produtos.
“Nós, comerciantes aqui da Papa João XXIII, estamos sendo prejudicados com essa obra, porque está sendo feita no período errado. Tem que consertar a cidade, fazer melhorias, só que uma obra no período do inverno, chovendo, está nos prejudicando. As motos estão passando por cima dos passeios, e os moradores estão correndo riscos, porque podem abrir a porta e serem atropelados. O cliente está sem vir ao nosso comércio, com medo de ser atropelado, porque as motos estão passando por cima dos passeios. Nós não estamos conseguindo vender nada, estamos no prejuízo, e até se a gente pedir mercadorias, fica difícil para o carro descarregar em frente ao comércio.”
Ele pediu à prefeitura que libere uma parte da via para as pessoas transitarem e conseguirem visitar as lojas.
“A gente pede uma providência, porque até os cadeirantes, os idosos, não estão conseguindo passar aqui. A alternativa é que pelo menos a máquina passe aqui aterrando os buracos e abram uma via para que as pessoas possam passar a pé ou a moto e isso trazer um movimento para nossos comércios.”
A proprietária de uma loja de sandálias Márcia da Conceição de Jesus disse que inaugurou o estabelecimento há dois meses, mas até agora não tem conseguido vender, por conta da obra.
“Eu inaugurei minha loja tem dois meses e praticamente não consegui vender nada, porque logo interditaram a Papa, então não passam veículos e os pedestres não conseguem passar nem desembarcar. Eles começaram e pararam na metade, para dar prosseguimento em outra parte, e deixaram aqui aberto e intransitável.”
De acordo com ela, a prefeitura tem que liberar uma parte da via para os carros e pedestres.
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“Aqui é um cruzamento importante até para a gente poder vir para a loja e temos que fazer uma volta enorme para chegar no nosso comércio. Então está difícil. Eles têm que concluir, tapar os buracos e passar a máquina para liberar uma parte da via, ou então eles fazerem uma forma de interditar só um pedaço da via.”
O superintendente de Manutenção e Operações da prefeitura, João Vianey, esclareceu em entrevista ao Acorda Cidade, que o serviço é parte de um conjunto de obras que envolvem diversas ruas e as praças do Tomba.
“Na Papa João XXIII, já perto da Praça Macário Barreto, no Tomba, nós estamos executando uma rede de drenagem, que está conjugada com a obra da praça. Tínhamos alguns problemas de drenagem, lançamentos de água servida, então estamos fazendo toda essa adequação das redes, e inclusive tivemos uma reunião com a Embasa, pois é um trabalho que está sendo feito em conjunto e programado. Nós estamos fazendo a substituição da rede, desde a rua Itiúba, próximo à rotatória do Ana Brandoa. Começamos a fazer a rede a partir dali, substituindo toda a rede de manilhas, que já eram antigas, e colocamos tubos com capacidade de vazão maior. Estamos fazendo todo esse sistema, que vai atender a Praça do Tomba e aquele entorno, como as Ruas Corinto, Tocantinópolis, e outras vias que tinham alagamentos. Vamos captar a água no entorno das praças e ruas próximas, evitando alagamentos nestes pontos. Então é um serviço extremamente importante”, explicou o superintendente da Soma.
Ele informou ainda que, no início das atividades, a Secretaria de Agricultura (Seagri), através do secretário Pedro Américo, fez uma reunião com os comerciantes sobre as atividades que seriam realizadas no local.
“Nós conseguimos avançar neste serviço, que tinha uma previsão de 90 dias, e conseguimos fazer com menos de 60 dias, e na Praça agora nosso cronograma é de 60 dias, já que temos que fazer um nível de interferência maior e está acontecendo lá. Da mesma forma a Seagri fez uma reunião com os comerciantes, apresentou todas as demandas e dificuldades que essa obra iria gerar, isso foi tratado, e no início da semana, houve uma reunião entre a Seagri e a SMT baseada no pedido dos comerciantes, discutindo alternativas, e nós da obra estamos tentando adiantar o serviço. Por conta das chuvas, temos feito ações para que ela não atrapalhe, e por sorte tivemos períodos pequenos de chuvas, temos uma chuva constante, porém não são torrenciais, então temos conseguindo trabalhar”, destacou João Vianey.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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