Feira de Santana

Pedestres denunciam invasão de calçadas por comércios na rua Marechal Deodoro

O diretor de Limpeza Pública, João Marcelo, informou ao Acorda Cidade que o órgão tem recebido reclamações.

Rua Marechal Deodoro
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

As ruas da cidade de Feira de Santana deveriam ser refúgios seguros para pedestres e transeuntes, proporcionando um espaço livre e acessível para o deslocamento seguro. No entanto, uma tendência preocupante tem se tornado cada vez mais comum na rua Marechal Deodoro: a invasão de calçadas por parte de estabelecimentos comerciais. Essa prática, aparentemente inofensiva à primeira vista, acaba se tornando um obstáculo ao direito básico de ir e vir das pessoas, gerando desconforto, insegurança e dificuldades de circulação.

Com a intensificação do comércio e a crescente concorrência por visibilidade, muitos estabelecimentos têm migrado suas áreas de exposição e vendas para além dos limites internos de seus imóveis, invadindo as calçadas adjacentes. A princípio, essa estratégia pode parecer vantajosa para os comerciantes, pois permite a exposição de produtos e atrai a atenção de potenciais clientes. Porém, essa prática muitas vezes ultrapassa os limites do razoável, comprometendo a segurança e a comodidade dos transeuntes.

Acessibilidade

Algumas pessoas são forçadas a dividir um espaço já limitado com mercadorias, colocando em risco sua integridade física e dificultando sua locomoção. Ao Acorda Cidade, o pedestre Gleidson criticou a maneira como lojistas impedem a circulação de pessoas. Ele disse que ao se locomover na rua Marechal com seu seu pai, que é cadeirante, observou que o direito à acessibilidade não foi respeitado.

“Esses lojistas estão utilizando os passeios como parte de suas lojas colocando araras de roupa, manequins, e colocaram até uma cama. Eu estava passando com meu pai e tive que descer do passeio para disputar o espaço com os veículos, porque na calçada não tinha como passar e eu achei um verdadeiro absurdo. O mínimo que a gente espera é que eles respeitem o direito do próximo, principalmente daqueles que mais necessitam e que não podem se locomover sozinhos. Eu já tinha percebido isso na rua Salles Barbosa, mas após mudanças não vejo isso mais, no entanto na Marechal tive esse problema e não vi nenhuma fiscalização”, pontuou.

Rua Marechal Deodoro
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Um taxista também relatou ao Acorda Cidade que os objetos colocados pelas lojas nas calçadas transformam a situação mais difícil, gerando transtornos.

“É uma maior dificuldades, porque praticamente as ruas ficam fechadas então não tem como passar. Tudo aqui fica difícil, as lojas colocam objetos nas calçadas e o prefeito tem que mandar organizar essa situação para ficar boa, porque enquanto não organizar vai ficar assim”, disse.

Fiscalização

O diretor de Limpeza Pública, João Marcelo, informou ao Acorda Cidade que o órgão tem recebido algumas reclamações de invasão de espaço na rua Marechal Deodoro. Normalmente, as reclamações se referem à empresas que colocam suas mercadorias no passeio da loja, o que segundo João Marcelo não é permitido pela Lei.

João Marcelo
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O setor de fiscalização do Departamento de Limpeza vai até o local e notifica solicitando que seja respeitado o ir e vir das pessoas nas calçadas. Quando a empresa recebe a notificação ela atende a nossa solicitação. A fiscalização demora de retornar ao local e às vezes o dono de loja abusa e coloca novamente, mas sempre que somos notificados, vamos ao local e solicitamos a retirada”, relatou.

O que é considerado invasão?

Segundo o diretor da Sesp, invasão é o ato da pessoa invadir uma calçada e edificar sobre ela. “Mas colocar uma banca, por exemplo, não é considerado uma invasão, mas refere-se a um ato que não está dentro dos limites da lei”.

Caso observe alguma atitude que inviabilize o direito de ir e vir do cidadão, registre uma reclamação por meio do número: 156, ou pelo aplicativo Fala Feira.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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