Na madrugada do último domingo (21), por volta de 00h23, um motorista de aplicativo, vítima de sequestro, foi encontrado na BR-101 por policiais militares da 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) com as mãos amarradas para trás e com ferimentos na cabeça, próximo a localidade de Mercês, zona rural do município de São Gonçalo dos Campos.
Conforme a polícia, o motorista sofreu um sequestro relâmpago quando se deslocava em um veículo Ônix da Estação Rodoviária para o distrito de Humildes em Feira de Santana. Durante o incidente, o motorista teve seu celular, dinheiro e outros pertences roubados.
Tendo em vista esse acontecimento, a Presidente do Sindicato dos Motoristas Autônomos de Feira de Santana, Viviã Rocha expressou sua preocupação com os constantes episódios de violência enfrentados pela categoria e clamou por respostas.
“Eu aproveito esta oportunidade para expressar o nosso clamor por respostas, por investigações, entender o que está acontecendo. Nós entendemos que o cenário de violência está bem complicado no contexto geral. E a nossa categoria está na linha de frente transportando pessoas que nós nem sabemos quem são e acaba sendo vitimada diversas vezes, graças a Deus o nosso colega não teve a vida dele ceifada, mas passou por um trauma muito rgande e prejuízos muito grandes e nós não queremos ver uma situação dessa se repetir”, disse.
Viviã disse ao Acorda Cidade que já cobrou da Polícia respostas, mas sempre é dito a mesma coisa. “É muito complicado lançar estratégias de segurança para essa categoria, porque não existem números, não existem estatísticas para sabermos como acontece, para que possamos lançar estratégias para prevenir esse tipo de crime ou para evitar que outros tipos de crimes venham acontecer”, apontou.
A falta de dados atrapalha muito na elaboração de projetos que possam beneficiar a categoria, sinalizou a presidente do sindicato.
“Por isso estamos na luta em prol da regulamentação para que esses dados sejam adquiridos para que aí sim possa ter uma cobrança efetiva para essa categoria, onde não haverá mais esses pormenores que atrapalham esse trabalho de ser feito. Estou aqui como motorista e lamento como presidente da instituição essa situação que aconteceu e me sensibilizo. Eu tentei entrar em contato com o motorista, mas não consegui. E estou à disposição dele e da família. Peço aos órgãos de segurança que olhem para a nossa categoria com mais sensibilidade pois somos pais e mães de família e estamos sofrendo demais”, concluiu.
Com informações da jornalista e produtora do Acorda Cidade Maylla Nunes
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