São Gonçalo dos Campos

Proprietário do barco que virou no Rio Jacuípe se apresentará na Delegacia de São Gonçalo dos Campos

De acordo com a advogada, o homem é pintor e pratica a pesca como lazer.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O proprietário do barco que virou na tarde do último domingo (21), nas águas do Rio Jacuípe, região da Fazenda Xavante em São Gonçalo dos Campos, e que vitimou Cristiane Santana de Freitas, de 40 anos, que estava grávida de quatro meses e o filho Richarlyson de 13, deve se apresentar na delegacia nos próximos dias.

A advogada que está acompanhando o caso, Geovana Nascimento, informou à reportagem do Acorda Cidade que o homem é morador de Feira de Santana, e é pintor, mas estava realizando atividade de pesca quando foi questionado por um grupo de pessoas, qual era o valor para dar um passeio de barco pelo rio.

Advogada
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Eu já estive com ele hoje mais cedo e o mesmo, informou que pretende se apresentar espontaneamente na delegacia nos próximos dias. A versão que ele me contou, é que no domingo como de costume, ele tinha saído para pescar com mais dois amigos e que um grupo de pessoas teria se aproximado, querendo dar uma volta de barco e perguntou quanto ele cobraria. Como ele não faz isso, ele disse que faria de forma espontânea e assim foi feito. Infelizmente aconteceu esta tragédia com o barco que virou, ele não conseguiu socorrer nem a mulher, nem o filho dela, mas segundo ele, tinha um outro rapaz que ele conseguiu ajudar”, afirmou.

De acordo com a advogada, ainda não se sabe o que pode ter provocado o acidente.

“Ele não soube me precisar o motivo que fez o barco virar, até porque ele não costuma utilizar o barco como passeio. Ele resolveu ceder este pedido, tanto que ele afirmou que não conhecia nenhuma destas pessoas. Ele me mostrou fotos do barco, inclusive em bom estado, mas não soube explicar o motivo de ter entrado água”, disse.

Ainda segundo a advogada, o proprietário do barco aguardou a chegada do Corpo de Bombeiros para iniciar as buscas e atualmente está recebendo ameaças.

“Ele afirmou que permaneceu no local, inclusive esperou a chegada do Corpo de Bombeiros para que fosse iniciada as buscas. Com relação aos materiais de proteção, ele não tinha, até porque não se trata de um barco de passeio, ele utilizava para pesca. Ele está abalado, não está dormindo, visivelmente está comovido com a situação e está sendo ameaçado por alguns familiares da vítima, dizendo que não é para ele se esconder, mas aqui deixo claro que ele se irá se apresentar ao delegado José Luiz Lapa em São Gonçalo dos Campos”, afirmou ao Acorda Cidade.

De acordo com a advogada Geovana Nascimento, todo o caso será apurado pelo delegado e também pelo Ministério Público.

“A culpa vai ser apurada, talvez na negligência, na imprudência ou na imperícia de ter conduzido estas pessoas sem o devido material de segurança. Tudo isso será analisado pelo delegado e pelo Ministério Público. O ideal é que ele não tivesse dado esta carona, mas creio que ele não viu maldade, não esperava, até porque ninguém espera que isso possa acontecer”, concluiu.

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