Feira de Santana

Associação de Apoio a Pacientes do SUS precisa de ajuda para continuar atendendo a comunidade

A Aapsus acolhe pacientes e acompanhantes do SUS que não têm condições de retornar para casa ou pagar uma estadia em um hotel.

Foto: Repórter Ed Santos/ Acorda Cidade
Foto: Repórter Ed Santos/ Acorda Cidade

A Associação de Apoio aos Pacientes do SUS (Aapsus), localizada na rua Guaratatuba, no bairro Tomba em Feira de Santana, foi criada em 3 de março de 2018 com o objetivo principal de acolher os pacientes que recebem alta hospitalar e não têm condições de retornar para suas casas imediatamente.

Foto: Repórter Ed Santos/ Acorda Cidade

A iniciativa começou através da presidente da Associação, Iraci Araújo, que realizava visitas a doentes e, a partir dessa ação, surgiu o trabalho de acolhimento a pessoas doentes e a seus familiares. No entanto, nos, o trabalho de atender essas pessoas enfrenta dificuldades desde sua fundação.

“Sempre teve dificuldades, porque essa casa é alugada, então nós pagamos R$ 1.200 de aluguel, estávamos pagando R$ 1.150 de água, quase R$ 500 de luz, sendo que nós gastamos quatro botijões de gás por mês, fora a alimentação, café da manhã, almoço e janta. E o almoço e a janta estamos sempre tendo dificuldade, porque nós não ganhamos mistura como frango, carne, ovos ou mortadela, isso está bem pouco aqui e nós não temos condições de comprar”, indicou.

Foto: Repórter Ed Santos/ Acorda Cidade

A Associação está correndo o risco de ser fechada. “Essa casa é um lugar que acolhe muitas pessoas que não tem condições de pagar um hotel. O tempo de estadia dessas pessoas aqui varia de cinco meses, um ano, um dia, é relativo, de acordo com o tempo que a pessoa fica no hospital. O hospital, por meio da assistente social, encaminha o paciente para cá”, informou.

Iraci destacou que a casa de apoio é importante para as pessoas quem vem de outras cidades.

“O paciente precisa de alguém, de um familiar para estar ali perto, para estar cuidando, e o acompanhante sozinho não aguenta passar noite e noites no hospital. Peço aos governantes para pensarem nas pessoas que estão lá no hospital sofrendo, todos os hospitais precisam do nosso apoio e serem acolhidos; nós precisamos que esses acompanhantes tenham um ambiente limpo e adequado também para suas necessidades físicas, e peço de coração que nos ajudem”, abordou.

As pessoas podem ajudar contribuindo com dinheiro para pagar o aluguel, a alimentação ou as contas de luz e água.

“Está faltando alimento, frango, verduras, materiais de limpeza, papel higiênico”, elencou.

Conforme o padre Hipólito Gramosa dos Santos, que também faz parte da direção da Associação, um grupo de pessoas fundou a Aapsus, tendo como principal objetivo acolher os doentes que vão para o Hospital e são assistidos pelos Sus.

“Depois de terem alta alguns desses pacientes não têm como ir para suas casas porque são distantes aí eles ficam acolhidos aqui, dois, três dias, até conseguirem passagem para retornarem para suas famílias e os parentes deles que os acompanham ficam aqui na casa”, explicou.

A Associação é sem fins lucrativos e vive com doações da comunidade. “As igrejas, fundações sem fins lucrativos, parentes e amigos de pessoas atendidas aqui ajudam a somar para que a Associação fique mais conhecida e ajudada”.

Foto: Repórter Ed Santos/ Acorda Cidade

Em média 30 a 40 pessoas ficam na instituição. “Mas já tivemos mais, às vezes temos 50, às vezes 15, depende muito da região, da época, da necessidade e da demanda”, apontou o padre.

A Associação conta com serviços de assistência espiritual, alimentação, dentre outros.

“Temos missa todo mês, oração, temos a ajuda de pessoas que escutam os pacientes da casa, estamos organizando a questão de um psicólogo e outras formas de ajuda emocional. Eles tem aqui a dormida, o almoço, água, luz, café da manhã e além disso a visita de pessoas da comunidade. As pessoas que trabalham aqui são voluntárias, ninguém aqui ganha nada, todos nós somos voluntários”, frisou.

Uma moradora de Riacho de Santana, está em Feira de Santana acompanhado o seu pai desde domingo (7), e ressaltou gratidão por encontrar na casa de apoio um lugar de acolhimento.

“Meu pai está com a cervical quebrada, e está internado no Hospital Geral Clériston Andrade. Nós não temos condições, se não fosse esse local aqui seria mais difícil para nós e nós iríamos gastar o que não tínhamos. Eu e minha irmã estamos aqui na casa descansando, graças a Deus”, concluiu.

Quem quiser ajudar a Associação de Apoio aos Pacientes do SUS pode relizar uma doação no endereço: rua Guaratatuba, nº 118, no bairro Tomba, (próximo ao Sesc). Ou entrar em contato por meio do número: 9 9198-1944 (Iraci).

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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