Os funcionários do Serviço Social de Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), se reuniram na tarde desta terça-feira (16) em uma caminhada pelas principais ruas de Feira de Santana, em protesto contra o Projeto de Lei que pode retirar 5% de recursos das duas instituições.
O objetivo do PL, é garantir a destinação do valor arrecadado com as contribuições sociais do Sesc e Senac para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) financiar a promoção internacional do turismo.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sindicato Patronal), Marco Silva, informou que é importante fomentar o o turismo do Brasil, mas para que isso aconteça, é necessário construir um fundo próprio para isso.
“A gente entende que é importante fomentar o turismo, nós também representamos o turismo, mas que seja criado um fundo específico para isso, não tirar verba de uma entidade que tem mais de 70 anos de serviços prestados, uma entidade que é editada pelo Tribunal de Contas, mesmo sendo privada, porque o recurso passa pelo recolhimento da guia previdenciária”, disse.
De acordo com Marco Silva, caso este Projeto de Lei seja aprovado, afetará diretamente nos serviços prestados nos municípios, como o caso de Feira de Santana que poderá perder uma unidade do Senac.
“A gente tem o fornecimento de quase 1.000 unidades de refeição por dia aqui no restaurante do Sesc. No mínimo, teria uma redução proporcional, então a gente perderia aí alguma coisa próximo de 50 refeições por dia e corremos o risco porque a perda de verba é nacional. Também a perda de uma das unidades do Senac. Nós temos duas unidades, uma na Kalilândia e outra no no Ponto Central. Corremos o risco do desemprego, aqui na Bahia por exemplo, temos a reforma do hotel lá da Praia do Jardim dos Namorados ali em Piatã, a gente tem a reforma do hotel de Itaparica, que é do sistema Sesc Senac, tudo isso a gente vai perder, todos esses investimentos. Então aqui em Feira, corremos o risco de perder umas das unidades e diminuir o serviço de forma proporcional, como no clube que tem atendimento médico e odontológico”, informou.
Ainda segundo o presidente do Sindicato, este é um ato nacional que está ocorrendo de forma simultânea.
“Esse ato é nacional, está ocorrendo neste momento simultaneamente em todo o Brasil, já existe uma grande movimentação em Brasília porque este Projeto de Lei é o que a gente chama de jabuti, ele foi colocado à noite em um acordo de lideranças, foi aprovado na Câmara de Deputados sem discussão, sem passar por nenhuma comissão de análises, inclusive tem a questão constitucional que a gente entende que vai ter que ser discutida também. Hoje temos a perspectiva que tenha a votação no senado amanhã, então a gente está com essa movimentação no Brasil, já tivemos a sensibilização do senador Ângelo Coronel que já declarou publicamente o apoio ao sistema Sesc Senac e a gente está sensibilizando os outros senadores da Bahia e do Brasil todo para a importância que isso seja discutido nas comissões, nas audiências públicas e não seja feito desta forma”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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