O presidente do Sindicato do Rodoviários de Feira de Santana, Alberto Nery, relatou na segunda-feira (15) em entrevista ao Acorda Cidade que há uma diferença entre a forma que a empresa Rosa opera em Feira de Santana da operada em Vitória da Conquista, segundo Nery, em Conquista o contrato entre duas empresas de transporte possui um valor fixo e a empresa recebe mesmo não transportando nenhum passageiro.
Além disso, Alberto Nery frisou que o Sindicato está considerando acionar o Ministério Público caso problemas com a empresa Rosa em Feira de Santana voltem a se repetir.
“Em Vitória da Conquista colocaram carros novos, porque no contrato que eles estão fazendo lá, tem duas empresas a Rosa e a Atlântico de lá de Salvador, eles fizeram o contrato de que cada carro vai receber em média, R$50 mil por mês, tanto faz o carro transportar passageiros, como não transportar, ele vai receber mensalmente esse valor por carro. E em Feira de Santana é diferente, o poder público subsidia no horário que tem baixa demanda 50% da tarifa, só que segundo os empresários o poder público não vem honrando com essa parcela que é do pessoal com deficiência, que são daquelas pessoas que possuem passe, que também é chamada de tarifa social. Eles estão com dificuldade de pagar o salário dos trabalhadores, o ticket alimentação, plano de saúde, o FGTS”, destacou.
Conforme Alberto Nery a empresa São João realiza o pagamento com outros recursos.
“A São João paga, porque ela tira os recursos de outros contratos no país e banca e subsidia aqui em Feira de Santana até o poder público substituir, só que a Rosa segundo eles não tem esses recursos. E os recursos de Vitória da Conquista são para bancar Vitória da Conquista e não para bancar Feira de Santana, então é por isso que todo mês temos problemas, já estamos no décimo dia sem receber o ticket alimentação e chegando o dia 20 será mais uma quinzena sem pagar e fica esse imbróglio. Todo mês somos obrigados a cruzar os braços, porque ninguém é obrigado a trabalhar sem receber o seu salário. E eu não entendi como o poder judiciário condena o trabalhador que está sem receber o seu salário a pagar uma multa de R$10 mil, o trabalhador está parando porque na casa dele está faltando feijão, gás, tá faltando pagar as contas, então é por isso que os trabalhadores cruzam os braços”, pontuou.
Atividades podem parar novamente
O presidente do Sindicato frisou que ontem (15) tentou conversar com o prefeito para que o mesmo problema não voltasse a acontecer neste mês.
“E se não resolver vamos buscar o Ministério Público para intermediar nessa discussão, nessas negociações e se não resolver vamos fazer a greve da forma legal. Vamos publicar um edital, comunicar a sociedade que estamos parando e o porquê estamos parando e vamos comunicar ao poder público”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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