A prática do tráfico de drogas está sendo crescente no município de Feira de Santana e paralelo a isso, está também, o número de pessoas envolvidas no mundo do crime, é o que informa o coordenador da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (1ª Coorpin), delegado Roberto Leal.
Ao Acorda Cidade, ele explicou que este é um mal que assola todo o mundo, e uma das formas de combate contra este crime, é a conscientização.
“O tráfico de drogas infelizmente é um mal que assola todo país e também o mundo, Feira de Santana não difere desta realidade. O consumo de entorpecentes vem crescendo no país e isso traz aí, um aumento do quantitativo de pessoas que acabam ingressando no mundo do crime para abastecer estes consumidores, por isso que eu sempre relato que uma das formas de combate ao tráfico, é a conscientização. É necessário que as nossas crianças, os nossos filhos, os adolescentes e os adultos também, que infelizmente caíram na tentação e utilizam os entorpecentes, que entendam que o uso de entorpecentes não é apenas um ato que está acontecendo naquele momento, existe uma cadeia por trás disso. Mortes ocorrem por conta disso, a violência ocorre por conta disso, países são assolados por guerras, inclusive por conta do tráfico de drogas, então é extremamente importante que as pessoas sejam identificadas, sejam convencidas de abandonar esse tipo de vício”, alertou.
Segundo o delegado, a disputa de território é um dos motivos para tantos homicídios e elencou a participação de mulheres no tráfico.
“A disputa do tráfico de entorpecentes acaba levando estas pessoas à violência, principalmente para os homicídios e em Feira de Santana a gente percebe também a questão da quantidade de mulheres que foram mortas. Essas pessoas possuíam companheiros ou familiares como filhos, mas geralmente companheiros, e estes companheiros ou são presos ou são mortos, e como essa pessoa estava inserida naquele ambiente do tráfico de entorpecentes, ela acaba assumindo algumas funções no tráfico. Inicialmente como guarda de entorpecentes e posteriormente com a venda, já fazendo a comercialização direta. Nós temos inclusive o caso de uma mulher de um antigo traficante que morreu em confronto com policiais civis na cidade de Salvador, ela assumiu a chefia do tráfico aqui em Feira de Santana e atualmente está custodiada em virtude disso, então a gente percebe este aumento considerado de mulheres que morrem em virtude do tráfico de drogas pelo envolvimento delas com o comércio e o abastecimento”, disse.
Rotas do tráfico pelo Brasil
De acordo com o delegado Roberto Leal, existem duas rotas por onde a droga tem acesso ao Brasil.
“Nós temos duas grandes rotas, uma é conhecida como rota do Paraguai, que acaba ali sendo explorada por por uma ou duas facções criminosas do sul do país e temos uma rota dos Solimões, que é do norte do país, que também é explorada. Então esses entorpecentes que entram pelas fronteiras brasileiras, são justamente por essas duas grandes rotas. Nós temos estas informações principalmente do que já foi levantado não só pela Polícia Civil, mas pela Polícia Militar e pela própria Polícia Rodoviária Federal, de que a maioria dos entorpecentes que é recepcionada aqui em Feira de Santana, vem da rota do sul do país, essa rota do Paraguai, principalmente maconha, cocaína e crack”, afirmou.
Fora do Brasil, segundo ele, um quilo de cocaína pode custar até R$ 120 mil.
“Estas duas rotas citadas, o maior mercado, tanto mercado europeu que é o mercado mais vantajoso para eles, como o mercado americano também em determinada parte, chega a custar 1 kg de cocaína em alguns países europeus, principalmente onde a droga realmente é proibida, até 120 mil reais. Então eles usam estas rotas justamente para que através dos portos brasileiros, possam exportar este entorpecente tanto para a Europa, como países da Ásia e também da América do Norte”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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