O governador Jerônimo Rodrigues e o prefeito Colbert Martins Filho estão sendo cobrados, na Câmara, a se posicionar em relação a ação da Receita Federal que resultou na apreensão, ontem, de uma grande quantidade de mercadorias no Feiraguay, o mais famoso entreposto comercial de produtos importados do Nordeste.
Nesta quarta, vereadores seguiram com a repercussão do fato, iniciada na sessão de ontem, exigindo das autoridades governamentais uma defesa dos 200 vendedores que foram alvo da operação.
Jurandy Carvalho (PL) é um dos vereadores que estão na expectativa do pronunciamento dos gestores estadual e municipal: “Governador Jerônimo, uma ação dessa, o Governo da Bahia tem que tomar providências. Não pode ser assim”. Ao observar que há cinco anos não ocorria fiscalização semelhante na cidade, ele questionou porque o mesmo trabalho não foi feito em outras cidades como Belo Horizonte e São Paulo (citou a rua 25 de Março), onde é também intenso o comércio no gênero do que acontece em Feira de Santana.
Ne mesma linha de raciocínio, outros vereadores repudiaram a operação e pediram a manifestação dos governantes e insinuaram, em seus pronunciamentos, uma possível “conivência” de Jerônimo, na fiscalização. “Eu não acredito que somente por ordem de um juiz que aconteceu isso. Quase todas as capitais brasileiras tem um Feiraguay. Só em Feira de Santana vieram apreender?”, insinuou Edvaldo Lima (MDB). Mais direto, Lulinha (União Brasil) aposta na possibilidade de o Estado ter apoiado a ação. Pastor Valdemir conclamou ao prefeito local a se movimentar em defesa dos comerciantes.
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