Feira de Santana

Audiência Pública na Câmara Municipal discute a violência nas escolas e creches de Feira de Santana

De acordo com a pedagoga Marcela Prest, a internet é uma ferramenta que pode potencializar uma série de conhecimentos.

Audiência Pública
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Foi realizada na tarde de ontem (9) na Câmara Municipal de Feira de Santana, uma audiência pública para discutir a violência praticada nas escolas e creches do município. O autor do requerimento foi o vereador Jhonatas Monteiro (Psol).

Ao Acorda Cidade, o edil destacou o que motivou a realização da audiência e salientou que a violência também acontece corriqueiramente em Feira de Santana.

Audiência Pública
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A violência infelizmente tem marcado escolas e creches em nosso país e aqui em Feira de Santana também, então o propósito desta audiência foi tanto trabalhar aquela violência mais corriqueira que a gente já ouvia muitas vezes, como situações de agressões, as vezes pelas disputas territoriais, mas também essa situação recente que envolve esse crescimento de ataques às escolas. Os números aí de 2002 até 2023 indicam cerca de 23 ataques, mas 11 desses ataques aconteceram só de 2022 para cá”, informou.

De acordo com Jhonatas Monteiro, é necessário criar um protocolo para ser aplicado dentro das unidades de educação.

“Nós tivemos aqui secretarias convocadas, representações sindicais, a sociedade civil, e o que nós conseguimos objetivar, é a necessidade de ter um protocolo comum, ou seja, um caminho para que independente da escola ser da rede privada, da rede estadual ou da rede municipal, ela possa conduzir diante de uma situação de violência. A principal resposta que essa audiência buscou construir foi justamente alargar esta discussão, para que ela não fique restrita à quem governa”, concluiu.

A pedagoga Marcela Prest foi uma das convidadas para abordar o assunto na audiência pública. Ao Acorda Cidade, ela enfatizou a forma como crianças e adolescentes utilizam a internet nos dias atuais.

Audiência Pública
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A maneira que eu trouxe agora neste momento, foi exatamente da gente pensar em um processo da regulamentação do uso da internet. A gente tem uma incrementação no Congresso Nacional, que é uma lei para proteger as nossas crianças e adolescentes. Nós temos mais de 22 milhões de crianças e adolescentes que fazem uso da internet e sem proteção, eles estão expostos a exploração do uso dos seus dados, violência, sem restrições à conteúdos racistas, misoginia que são aqueles conteúdos que tem ódio contra mulheres, então é preciso que a gente cobre a aprovação dessa PL porque vai garantir a maior transparência dessas empresas, a exemplo do Google sobre os termos e condições de uso”, afirmou.

Ainda segundo Marcela Prest, esta é uma preocupação de todos, não somente profissionais da educação.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“É uma preocupação da gente enquanto educador e educadora, mas também enquanto família, porque a gente compreende que a internet é uma ferramenta potente, é uma ferramenta que pode potencializar uma série de conhecimentos, mas a gente também precisa ter ferramentas e mecanismos que protejam as crianças que ainda estão em fase de desenvolvimento e muita das vezes, não conseguem discernir o perigo”, concluiu.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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