Com o objetivo de solicitar o atendimento específico a pacientes com Anemia Falciforme no município, estiveram presentes na Câmara Municipal de Feira de Santana na manhã desta quinta-feira (4), membros Associação Feirense de Pessoas com Anemia Falciforme.
Vice-presidente do grupo, José Carlos Pereira Santos também participou da sessão legislativa onde destacou que as principais unidades de saúde do estado no município, a exemplo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Clériston e o Hospital Estadual da Criança (HEC), não possuem um atendimento especializado, como a utilização de medicamentos e exames para pacientes com anemia falciforme.
“Temos enfrentado alguns problemas dentro da urgência e emergência na saúde de Feira de Santana, principalmente na UPA do Clériston e no HEC, onde muitas vezes, chegamos lá e há diligências, eles dão um paliativo, um soro com dipirona e liberam novamente o paciente informando que não se pode fazer mais nada. Tivemos um caso de uma mãe que passou dois dias no HEC com uma criança sentada em uma cadeira plástica e não houve o atendimento adequado a esta criança”, frisou.
Questionado sobre o motivo da procura ser restrita a estas duas unidades de saúde, José Carlos destacou que muitos pacientes são de cidades vizinhas e só podem ser atendidas através dos equipamentos do estado.
“Temos pacientes de outros municípios, que vem do interior e por isso se localizam nestes ambientes de saúde. Mas, chegando lá, há uma negligência. São medicamentos específicos para tomar e precisam se hidratar, aliviarem as dores e depois realizarem os exames adequados. A UPA nos informa que tem alguns remédios, mas não aplicam os demais”.
O que é anemia falciforme
Ainda de acordo com o representante do grupo de pacientes, a anemia falciforme é uma doença que acomete pessoas de todas as idades, de Feira de Santana e de todo o país. Para ele, é necessário que haja a devida atenção a este público, principalmente, dos órgãos de saúde pública.
“A doença falciforme é uma patologia. Ela vem desde a infância para a criança. São defeitos nas células e acometem uma maior porcentagem a pessoas de pele negra. Nosso país é miscigenado, sendo assim, acomete muitas pessoas. A doença falciforme além disso causa muitas dores, AVC, falta de oxigênio no cérebro e outras consequências. Damos um apoio, um controle social para estes pacientes que necessitam da ajuda de um grupo maior para realizarem seus atendimentos e tratamento da doença.”, finalizou
O Acorda Cidade entrou em contato com as unidades de saúde citadas.
O que diz o HEC
O Hospital Estadual da Criança (HEC) informa que é referência em pediatria e em gestação de alto risco. Realiza atendimentos de média e alta complexidade. O acesso ao hospital é organizado pelo dispositivo de Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR). Para prestar assistência humanizada, garantindo boas práticas e a segurança na atenção às crianças e gestantes, o HEC, que atende pacientes de todo o estado, conta com mais de 20 especialidades pediátricas e uma equipe multidisciplinar capacitada. O HEC ressalta que os pacientes com anemia falciforme tem atendimento prioritário e que, atualmente, opera com sua total capacidade. A unidade hospitalar frisa, ainda, que se pauta sempre em protocolos médicos, de acordo com a indicação de cada caso.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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