Feira de Santana

Em nota OAB Feira repudia atos de violência contra a Mulher na Micareta de Feira

Um homem foi identificado pelo reconhecimento facial por ter mandado de prisão em aberto por causa de violência contra a mulher.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Feira de Santana (OAB-Feira) e a Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher e da Advogada divulgaram uma nota repudiando os atos de violência praticados contra a mulher neste ano. Leia na íntegra:

A OAB e a Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher e da Advogada da OAB Subseção Feira de Santana – BA vem a público repudiar toda e qualquer prática de violência contra a mulher e de gênero.

No último final de semana ocorreu a maior e mais antiga festa de carnaval fora de época do país, a micareta de Feira de Santana. A festa momesca não acontecia desde 2020 em razão da pandemia do novo coronavírus. Por isso, a expectativa era grande para o retorno.

A fim de que ocorresse tudo bem, o poder público garantiu investimento em segurança pública, tendo como resultado, segundo a imprensa, a não ocorrência de crime grave contra a vida. Ocorre que, dos crimes identificados no circuito, seja em razão de flagrância ou reconhecimento facial, percebemos que as mulheres foram as maiores vítimas.

Um homem foi identificado pelo reconhecimento facial por ter mandado de prisão em aberto por causa de violência contra a mulher. Outro foi preso acusado de tentar beijar mulheres à força dentro de camarote, configurando crime de importunação sexual.

No primeiro dia de festa, um homem foi filmado deferindo soco no rosto de uma mulher que, instantaneamente, caiu ao chão desacordada, sendo analisado aqui como crime em razão de gênero. Ainda, imagens que circulam nas redes sociais e canais de comunicação, vê-se uma mulher sendo agredida por policiais militares durante a passagem de um trio elétrico.

O saldo que resta de mais uma festa pública é: em que pese os crimes sejam reduzidos em geral, a violência contra a mulher ainda assusta por ser latente e presente em todos os espaços, cometido em sua maioria por homens e até mesmo por agentes que deveriam exercer o papel de proteção e defesa.

Ressaltamos que a rede de apoio e proteção em Feira de Santana realizou um brilhante trabalho de conscientização e através do observatório de direitos humanos durante os 4 dias de folia. Todavia, sabemos que a mudança ainda é lenta e que ações como essas são importantes para que num futuro próximo possamos curtir micareta sem violência contra quaisquer pessoas, principalmente as mulheres que sempre são alvos. Ato contínuo, a mudança também precisa estar em cada um de nós, sendo um exercício diário.

A OAB Subseção Feira de Santana e a Comissão das Mulheres e das Advogadas seguirão atentas na defesa das minorias e acompanhando os casos.

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