Após paralisação por parte dos motoristas e cobradores da empresa Rosa, os ônibus já voltaram a circular na cidade de Feira de Santana. O ato de protesto foi motivado pela falta de pagamento do ticket alimentação de R$ 598. Eles afirmaram ao Acorda Cidade também que não está sendo feito o depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
No final da tarde desta quarta-feira (26), a empresa realizou o depósito do ticket alimentação. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana, Alberto Nery.
“Foram depositados R$ 223 mil para quitação desse ticket. O que nós precisamos agora daqui para frente é o poder público, o sindicato e a classe patronal sentarem para resolver essas pendências que estão em discussão. A qualquer momento, nós podemos vivenciar mais um colapso, além do que nós já sofremos da Princesinha e 18 de Setembro. No passado, as empresas foram embora de Feira de Santana sem pagar o direito do trabalhador e o que está acontecendo com essa empresa Rosa hoje nada mais é do que um caminho para este futuro. Nós estamos nos aproximando de duas férias vencidas, mais de 12 meses sem pagamento do FGTS, que corresponde a um salário de cada trabalhador e constantemente estão atrasando pagamento tanto do salário quanto do vale alimentação. Eu acho que isso é preocupante, preocupa a gente, eu tenho certeza que na conversa que eu tive com o prefeito, ele está incumbido de resolver também essa situação, porque causa uma insegurança para os trabalhadores e causa também uma insegurança para quem depende do transporte coletivo”, afirmou.
Segundo o presidente, muitos funcionários estão pedindo demissão das empresas por medo que algo pior possa acontecer.
“Existem muitos trabalhadores optando pelo PDV. O que é o PDV? é o Plano de Demissão Voluntária, porque eles não estão confiando mais na empresa, eles estão com medo de serem mais uma vez vítimas de um golpe, então isso é ruim, as pessoas trabalham de forma insegura, contam com seus salários na data prevista para o recebimento, para pagar suas obrigações, colégio de um filho, despesa de luz, de água, uma feira para fazer, então ele fica inseguro porque ele trabalha e quando chega o momento, ele precisa contar com o salário dele e não pode contar com isso”, destacou.
Ainda de acordo com Alberto Nery, é necessário buscar soluções para que isso não venha acontecer constantemente.
“O prefeito demonstrou interesse e nós estamos conversando, demonstrando o interesse em resolver, e vamos com certeza encontrar uma forma de solucionar e acabar com essa problemática que vem ocorrendo constantemente. Agora eu quero aproveitar e mandar um recado para o secretário que chamou os rodoviários de irresponsáveis, porque fez uma paralisação sem comunicar. Mas irrresponsável é o senhor que vem a público dizer que nós somos irresponsáveis por fazer uma greve sem comunicar, mas não foi uma greve, os trabalhadores pararam porque estavam insatisfeitos sem receber os seus direitos, e em nenhum momento o senhor se posicionou para resolver o problema do trabalhador. O prefeito sim, tem feito o possível e o impossível para resolver”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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