Política

Prefeito de cidade do Oeste baiano trocará PL por PT e diz que será ponte com agronegócio

Ainda segundo o prefeito, que também é médico, o convite para filiação, que partiu do então governador Rui Costa (PT), ainda será objeto de discussão na base.

Foto: Reprodução/ Instagram
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O prefeito de Cocos, na divisa da Bahia com Goiás e Minas Gerais, Marcelo Emerenciano, está prestes a dar um giro de 180 graus político. O gestor, reeleito em 2020 pelo PL, está de malas prontas para desembarcar no PT. Caso alguém ligue os pontos entre o PL, o ex-presidente Bolsonaro e o próprio prefeito, Doutor Marcelo, como é conhecido, o gestor trata de refutar a associação.

“Ele [Bolsonaro] entrou depois de mim, né? Quando ele entrou, eu já estava, e eu não apoio ele. Então ele chegou, e eu estou de saída”, disse nesta terça-feira (25) ao Bahia Notícias, parceiro do Acorda Cidade. Emerenciando argumenta que está base do governo baiano desde quando Jaques Wagner era governador [2007-2014].

Questionado como a mudança de legenda poderia afetar a relação com o agronegócio baiano, setor que carrega a marca de “bolsonarista”, o prefeito disse que a relação dele com esse setor não será abalada. O município, o sétimo em extensão do estado, produz em especial algodão e fumo.

“Eu tenho muita ligação com todos eles do agro. Temos uma boa relação, cada um se respeita, eles são produtores, eu sou político e a gente vive as nossas vidas. Eles hoje precisam do governo federal, precisam do governo do estado e vice-versa, porque o governo do estado precisa manter essas cadeias produtivas alinhadas. Eu me coloco para fazer essa ponte”, argumenta.

Ainda segundo o prefeito, que também é médico, o convite para filiação, que partiu do então governador Rui Costa (PT), ainda será objeto de discussão na base. Emerenciano é ligado ao deputado federal José Rocha (União).

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José Reis

Devia ser proibido ser eleito por um partido e trocar de partido durante o mandato.
Devia ser proibido ser eleito e se afastar para assumir qualquer cargo ou função, colocando em seu mandato um que NÃO foi nem votado. Saiu? Se lasque. REFORMA POLÍTICA E JURÍDICA NÃO QUEREM. NEM OS POLÍTICOS E NEM OS TOGADOS.

José Reis

Muitos que foram eleitos por conta, e votos, de Bolsonaro o traíram. Trocar de partidos enquanto está no mandato pelo qual foi eleito, deveria ser proibido. Assim como deveria ser proibido se afastarem dos mandatos para assumirem qualquer cargo ou função, colocando em seus nefastos lugares candidatos que não foram eleitos, ou que não tiveram nem os votos de seus parentes. Esra política brasileira é uma nojeira.