Dilton e Feito
Inadimplência de pessoa física atinge maior patamar em 2 anos
Já a taxa geral (para pessoa física e pessoa jurídica) ficou em 5,6% em janeiro, um crescimento de 0,1% em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central.
A taxa de inadimplência para pessoa física medida em janeiro ficou no maior patamar desde dezembro de 2009. No mês passado, o número de pessoas que deixaram de pagar suas contas em dia foi de 7,6%, um crescimento de 0,2% em relação a dezembro de 2011. Já a taxa geral (para pessoa física e pessoa jurídica) ficou em 5,6% em janeiro, um crescimento de 0,1% em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central. "O principal responsável pela alta da inadimplência em 12 meses é a aquisição de veículos. Em 2010 o empréstimo para comprar um veículo cresceu 49%, já em 2011 o crescimento ficou em 23%, mais próximo da média, de qualquer forma esse ciclo de crédito se reflete nas taxas de inadimplência", afirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. Segundo o Banco Central, os juros bancários cresceram 0,9 ponto percentual em janeiro atingindo para 38% ao ano. Em 2011, o valor estava em 37,1% ao ano. Para a pessoa física, os juros bancários somaram 45,1% ao ano em janeiro, um crescimento de 1,3 ponto percentual em relação a dezembro de 2011. No segmento empresarial, a taxa alcançou 28,7% ao ano, com destaque para o aumento de 1,6% nas operações de capital de giro com encargos prefixados. O aumento dos juros, segundo Túlio Maciel, se deu em função do aumento do "spread" bancário. O "spread" das linhas de crédito dos bancos com recursos livres passou de 26,9 pontos percentuais em dezembro para 27,8 pontos em janeiro deste ano. Os juros médios cobrados pelos bancos em operações com o cheque especial em janeiro foram de 185,9% ao ano, uma queda de 2,2 pontos percentuais frente ao fechamento de 2011. A taxa de juros do crédito pessoal somou 50,3% ao ano em janeiro, com alta de 2,1 pontos percentuais em relação a dezembro, quando foi de 48,2% ao ano, o que significa que o cheque especial ainda é das linhas de crédito mais caras para o consumidor. Os dados mostram também que o estoque de crédito do sistema financeiro no Brasil caiu 0,2% em janeiro, a última queda no estoque havia sido em fevereiro de 2009. No primeiro mês do ano, o volume total atingiu R$ 2.027 bilhões. Com a queda, a relação crédito/PIB, que era de 49,1% em dezembro, passou a ser de 48,8% em janeiro de 2012. Segundo o departamento econômico do BC, a retração no crédito foi fruto de fatores sazonais e de variações no câmbio. "Quando o dólar cai, e teve queda de 7,3%, há também uma redução nesse estoque de ativos o que contribui para este comportamento no mês. Mas é um comportamento pontual. Em fevereiro não devemos observar mais queda, a tendência já deve ser de crescimento de estoque", explicou Túlio Maciel. As informações são da Folha.
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